Causa indignação e estranheza que a maioria das entidades representativas do setor produtivo sejam impedidas de se manifestar na audiência pública sobre a reforma da previdência estadual, marcada para a próxima segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa. Ainda mais à Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF), que alerta há anos sobre a necessidade desta revisão, essencial para o fim de injustiças e benesses concedidas ao longo de mais de um século em Santa Catarina.
“Temos nos manifestado veementemente sobre a importância da reforma, principalmente para desonerar o contribuinte, que hoje paga por privilégios de uma pequena casta da população catarinense. O cidadão mais pobre é o mais prejudicado, pois tudo que ele consome é mais caro pelos altos tributos destinados a cobrir o rombo da previdência”, afirma Rodrigo Rossoni, presidente da entidade, cuja diretoria esteve reunida na noite desta terça-feira (13) junto a Marcelo Panosso Mendonça, presidente do IPREV/SC. Na ocasião, ele ainda reforçou a participação das entidades neste processo.
Rossoni ainda pergunta: “A quem interessa calar a voz de importantes segmentos da sociedade civil organizada? Àqueles interessados em perpetuar benefícios inexplicáveis e incondizentes com a realidade da maioria dos catarinenses?”. Por fim, o líder empresarial considera este impedimento um dos maiores exemplos antidemocráticos já detectados na casa legislativa estadual.