Acuada pela falta de alimentos, de combustíveis e de serviços básicos, a população da Grande Florianópolis se vê agora diante da paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo, o que se configura em um dos piores cenários sociais da história recente. Sem uma pauta de reivindicações clara e objetiva, sem respeitar a obrigatoriedade legal da frota mínima (50% dos ônibus em circulação nos horários de pico e 30% nos demais horários) e sem o aviso-prévio de 72 horas, o Sintraturb exibe sua face agitadora e oportunista.
Em respeito ao Estado Democrático de Direito que estamos tentando construir no Brasil, clamamos à Justiça o rigor das providências previstas em lei, em defesa dos cidadãos que querem apenas retomar a rotina de suas atividades diárias, afrontadas por interesses setoriais, econômicos ou ideológicos.
A ACIF entende que a greve dos trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis ultrapassa todos os limites da legalidade e do bom senso e espera, angustiada, por medidas das Prefeituras (poder concedente da atividade) e do Governo do Estado, assegurando o direito constitucional de ir e vir.
Florianópolis, 28 de maio de 2018.