PARABÉNS FLORIANÓPOLIS – 282 ANOS
Rancho do Amor à Ilha
Um pedacinho de terra,
perdido no mar!…
Num pedacinho de terra,
beleza sem par…
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar!
Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar…
Obrigado, Floripa!
Obrigado, Floripa, por nos permitir exercer com liberdade e responsabilidade nosso ofício produtivo. Só uma cidade organizada dá condições a empresa e empresários de exercer a sadia busca pelo resultado.
Obrigado, Floripa, por nos permitir cuidar carinhosamente de nossos "tesouros", sejam eles de ordem ideológica, como a nossa convicção, de ordem patrimonial, como nossos bens e direitos, ou de ordem pessoal, como nossos entes mais queridos. Só uma cidade democrática permite que a garantia da ordem pública não inviabilize o cotidiano de empresas e pessoas.
Obrigado, Floripa, por nos permitir exercer, como empresários, a nossa função social mais relevante, que é a de gerar emprego e renda. É só em um ambiente que respeita a livre iniciativa, que valoriza o talento empreendedor, que conseguimos dar o nosso melhor para criar produtos e serviços capazes de agregar valor, atraindo recursos e investimentos para nosso município.
Obrigado, Floripa, por nos permitir viver da maneira mais intensa os prazeres da vida. Seja a "moça faceira" ou a "velha rendeira", turista ou o mané, o funcionário público ou o empreendedor, não há como esconder que essa combinação de mar e montanhas, de história e de tecnologia, de sossego ou de agito, fazem de nossa cidade um lugar sem igual.
Obrigado, Floripa, por ser a capital de todos os catarinenses, o destino turístico mais interessante de todos os brasileiros. Obrigado, por ser tudo isso, sem deixar de ser nossa cidade.
Doreni Caramori Júnior
Empresário e primeiro vice-presidente da ACIF
A cidade que queremos, por Dirvo Tirloni *
O aniversário de Florianópolis deve servir para festejarmos a cidade e refletirmos sobre seu presente, seu passado e seu futuro. Vale também pensarmos nos grandes homens de nossa história, relembrar seus ensinamentos e tentar aplicá-los ao cenário que nos é apresentado. Em uma quadra histórica como a que vivemos, é válido nos espelharmos em um grande homem, notável justamente pela capacidade de planejar e construir o futuro: Celso Ramos. Ele foi o criador do Plano de Metas do Governo (Plameg). O número de secretarias de governo era reduzido, o que permitia uma boa gestão pública dos negócios.
Celso Ramos sabia ainda que o dinheiro não é tudo: importantes também são os projetos. É preciso saber usar instrumentos modernos, como as parcerias público privadas, o consórcio público, entre outras, e projetar a cidade de acordo com as necessidades e o interesse dos que a adoram. O município abriga hoje 400 mil pessoas e em 12 anos terá o dobro. O planejamento precisa estar presente nesse crescimento. Educação, saúde e segurança são fundamentais. Também é preciso pensar em energia e em infra-estrutura. O Plano Municipal de Saneamento Básico tem que ser levado a sério. É prioridade construir o Plano Municipal do Gerenciamento Costeiro, o Plano Municipal de Transportes e o Plano Municipal (ou Metropolitano) de habitação/desfavelização, sem esquecer da necessidade de proteção ambiental.
Já que falamos em Celso Ramos, vamos ao cerne da questão. A cidade precisa de um Plameg de Fortalecimento dos Órgãos Públicos. Sem órgãos públicos fortes, ficamos à mercê de forças políticas nem sempre interessadas no crescimento sustentável da cidade. Por outro lado, o Ipuf, a Susp e a Floram fortalecidos garantiriam eficiência na fiscalização do Plano Diretor e das outras normas que guiam o crescimento da cidade.
* Presidente da ACIF