Nos últimos 12 meses, a maior alta entre as capitais ocorreu em Florianópolis (16,36%).
Nove das 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em setembro. Em Florianópolis, a variação mensal foi de 0,13%. Em Natal, o recuo foi expressivo, chegando a 6,17%. Sete cidades apresentaram alta, a maior apurada em Goiânia (1,87%).
As pequenas variações positivas verificadas em Porto Alegre (0,31%) e em São Paulo (0,16%) fizeram com que o custo da cesta na capital gaúcha continuasse o mais caro em setembro, a R$ 272,09. Em São Paulo, o valor do conjunto de alimentos correspondeu a R$ 267,19, seguido por Florianópolis (R$ 260,33). Aracaju (R$ 183,61) apresentou o menor valor.
Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE calcula mensalmente o salário mínimo necessário.
Para setembro, seu valor foi estimado em R$ 2.285,83, ou seja, 4,19 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Para agosto, o piso mínimo era estimado em R$ 2.278,77, ou 4,18 vezes o menor valor pago no país. Em setembro de 2010, o mínimo era estimado em R$ 2.047,58, o que correspondia a 4,01 vezes o mínimo em vigor, de R$ 510,00.
Variações acumuladas
Entre janeiro e setembro deste ano, o maior aumento foi anotado em Florianópolis (9,32%), seguida de Porto Alegre (7,91%). Apenas Natal (-6,29%), Goiânia (-1,34%), Fortaleza (-1,19%), Manaus (-1,06%) e Curitiba (-0,78%) apresentam variações acumuladas negativas.
Nos últimos 12 meses, de outubro de 2010 a setembro deste ano, nenhuma capital teve variação acumulada negativa. As maiores altas ocorreram em Florianópolis (16,36%), Belo Horizonte (15,30%) e Rio de Janeiro (14,24%). As demais capitais tiveram variação anual inferior a 10,00%.
Cesta x salário mínimo
O trabalhador cuja remuneração mensal é um salário mínimo comprometeu 93 horas e 58 minutos para a aquisição da cesta alimentar, valor próximo ao de agosto, quando foi de 94 horas e 38 minutos, ambas superiores à de setembro de 2010, quando foi de 91 horas e 04 minutos.
A comparação entre o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social, e o custo da cesta dos alimentos básicos resulta em uma taxa de 46,43% na média das 17 capitais, no mês de setembro, taxa semelhante à de agosto, que foi de 46,76%, ambas superiores à de setembro de 2010, quando era de 45,00%.
*Por Economia SC