Abertura dos portões: A partir das 17h nos dias úteis
A partir das 11h no final de semana e feriado
Ingressos: R$ 5,00 (nos dias úteis, final de semana e feriado) após 17h
R$ 5,00 (para acesso ao pavilhão C – em dias de show nacional)
Gratuidade: Crianças de até 10 anos e idosos acima de 65 anos não pagam
Informações: (48) 3251-6040 – www.pmf.sc.gov.br/fenaostra
Festa tem a "cara da cidade"
Com uma natureza exuberante, composta de dunas, morros, mangues, encostas, lagoas e baías de águas calmas, Florianópolis é um dos principais destinos turísticos do Brasil, especialmente no verão. Vencer a sazonalidade sempre foi um desafio para a cidade, que apostou no segmento de negócios e eventos para movimentar a economia local o ano inteiro. Porém, mesmo recebendo um número maior de feiras e congressos a cada ano, a capital catarinense demorou a ter uma festa identificada com o município.
No início da década de 1990, a Prefeitura de Florianópolis investiu em várias promoções para divulgar a gastronomia local e valorizar a cultura de base açoriana, gerando também opções de trabalho para os moradores e entretenimento para os turistas. De 1993 a 1997, surgiram a Florifesta, a Expo-Ilha e, posteriormente, o Festival do Mar, além de outros eventos. Mas nenhum deles sobreviveu a mais que quatro edições.
Em 1991, a maricultura iniciava sua fase comercial, mas ainda era uma atividade desconhecida na cidade. "As pessoas não sabiam nada sobre a ostra de cultivo. Só comiam a espécie nativa e, mesmo assim com poucas variações de cardápio. O consumo era feito in natura, ou ao bafo, cozida no vapor", conta o engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI/SC), Alex Alves dos Santos.
O fracasso de festas anteriores, a percepção de que os moradores ignoravam o molusco cultivado e a necessidade de abrir mercado para o produto, garantindo o futuro da atividade, motivaram a criação de um evento para divulgar o consumo da ostra Ao mesmo tempo, a promoção colocaria Florianópolis no roteiro das Festas de Outubro, já que não havia uma festa do gênero na cidade, apesar de contar com um centro de convenções desde 1996. Surgiu a Fenaostra, em 1999, promovida pelo Escritório Municipal de Agropecuária Pesca e Abastecimento (EMAPA) – atual IGEOF – e EPAGRI/SC.
Como um dos idealizadores do projeto, Alex dos Santos, destaca que a festa foi fundamental para projetar a ostra de Florianópolis em nível nacional, tanto por conta das variadas receitas criadas pelos restaurantes participantes do evento, como pelo ineditismo dos concursos gastronômicos. "Eles ajudaram a criar uma cultura voltada para o consumo do molusco porque atingem os chefs de cozinha, que são os profissionais que levam o produto para os restaurantes e, portanto, para o consumidor", explica.
Os números comprovam a força do evento como ferramenta de marketing. De 1991 a 1998, a safra de ostra em Florianópolis nunca havia superado as 100 toneladas/ano. Após a primeira edição da Fenaostra, a produção saltou para 505 toneladas, crescimento alavancado pelo aumento no consumo. Os resultados animadores no setor levaram a festa a ser eleita nacionalmente como o "melhor evento promocional do ano", em 2003, conquistando o prêmio Caio, um dos mais conceituados do país.
Para o técnico da EPAGRI/SC, a Fenaostra não só contribuiu para abrir mercado para os produtores, como também para dar visibilidade ao molusco catarinense, que conquistou destaque na mídia e até em novelas de televisão como um alimento benéfico à saúde e ao meio ambiente, combinando com o perfil da cidade. "Tanto é verdade, que agora a ostra foi escolhida como referência para um selo de indicação geográfica para Santa Catarina, o único do estado no Brasil. Um dos pré-requisitos para isso é o reconhecimento de que o produto tem credibilidade e projeção nacional", justifica Santos.