Crescimento do mercado de tratamento de efluentes é destaque na economia
Segundo o presidente do Sinesam, Gílson Cassini Afonso, o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) também tem acel erado o crescimento do setor, já que prevê investimentos públicos de R$ 200 bilhões, até 2027. "Em 2008, obras de saneamento básico relacionadas ao PAC superaram R$ 10 bilhões. Só esse programa já sinaliza as boas perspectivas de crescimento da indústria fornecedora para o setor de água e esgoto", diz Cassini.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), o volume de resíduos industriais tratados deve atingir a marca de 8 milhões de toneladas em 2009, número superior ao dobro do volume processado em 2004. Para o presidente da Abetre, Diógenes Del Bel, o Brasil precisa agregar a esse lixo uma série de medidas de proteção, que são feitas principalmente por empresas especializadas. “É uma atividade que demanda tecnologia, além de capacidade gerencial e empreendedora. E isso vem sendo implantado no Brasil por exclusiva iniciativa do setor privado”, disse Del Bel.Parque Têxtil – Destaque na indústria têxtil, Santa Catarina tem investido cada vez mais em tecnologia de ponta para a sustentabilidade desse setor.
Em Brusque, principal pólo têxtil catarinense, com 290 fábricas, a Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETE) é a única no País que utiliza a tecnologia de poço profundo – deep shaft –, muito empregada no Japão e em países onde há necessidade de reutilização de água e também onde a realização do tratamento é feita perto de centros urbanos.
Esses resíduos chegam à estação, onde são tratados com um reator anaeróbico de 4 metros de diâmetro por 60 metros de profundidade, alimentado por ar comprimido garantindo a eficiência no tratamento biológico.
De acordo com o presidente da Riovivo Ambiental, empresa que administra a ETE de Brusque, Ceciliano Ennes, a inovação tecnológica é essencial para a preservação do meio ambiente. Recen temente, foram investidos mais de R$ 1,5 milhão em tecnologia na ETE para dar início a três importantes processos: automação, cobertura dos tanques e a secagem do resíduo sólido resultante do tratamento. “Todo o investimento e inovação são voltados para otimizar a preservação do meio ambiente da nossa região”, afirma Ennes.