Essencial para o momento, a troca de experiências entre empreendedores é fundamental para apontar saídas. Realizado on-line, na última terça-feira (28), o painel ‘Uma análise sobre a crise na ótica do empresário’ contou com a participação de Patrícia Goedert (Patrícia Goedert Doçaria), Luiz Gonzaga Coelho (diretor-geral do S.O.S. Cárdio) e Rodrigo Cassol (grupo Cassol).
“O momento é desafiador e impõe criatividade, resiliência e uma força de vontade ainda maior”, resumiu Rodrigo Rossoni, presidente da entidade, ao início do evento digital. Patrícia falou de suas dificuldades, já que opera setores de varejo, indústria e eventos. Este último, segundo ela, será o último na fila da retomada. “Nossa loja on-line foi importante para mantermos a atividade. Ao suspender contratos de trabalho, os sócios foram ao chão de fábrica, acreditando na recuperação, apesar de saber que será lenta”, afirmou.
Para Cassol, o problema não pode ser tratado sem planejamento pelos governos municipal, estadual e federal. “O maior risco é que a necessária interferência do Estado neste primeiro momento se transforme em uma política de longo prazo. Parece que muitos líderes do Executivo gostaram de editar decretos semanais, sem qualquer estratégia”, disse.
Gonzaga destacou a visão otimista do empreendedor brasileiro, principalmente pelas crises vividas anteriormente. Também defendeu que o lockdown deveria ter ocorrido de forma coordenada, levando em conta a capacidade de leitos de UTI e a transparência. “O poder público foi parcial e não se comunicou com clareza. Todos foram surpreendidos”, enfatizou, completando que “o associativismo pode ajudar em muito nossos governantes, com uma voz uníssona para garantir uma presença menor do Estado depois dessa crise”.
A conversa foi mediada por Rodrigo Rossoni e está disponível no canal ACIF Play, do YouTube.