Quinta-feira, 22 de maio de 2008
Inflação
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, Dilvo Tirloni, manifesta-se apreensivo com sinais de volta da inflação. Enviou artigo intitulado O Dragão Voltou. Seu texto:
Todos lembram da criatura de aspecto reptiliano, escamoso, lembrando um lagarto, pairando soberana sobre a economia, com poderes mágicos para destruir o bolso dos consumidores, notadamente, os mais pobres. Pois o dragão voltou. A república sindicalista instaurada em Brasília tanto fez que aos poucos vai destruindo o pouco de racionalidade que ainda tínhamos na economia. Graças ao Banco Central (e a o Ministério da Fazenda ao tempo do Dr. Palocci) que resiste heroicamente contra os “desenvolvimentistas de plantão” a vaca não foi inteiramente pro brejo, mas já esboça mugidos de lamento de que o jogo esta chegando ao fim e o dragão mais uma vez será vencedor. Aos fatos: O IGPM/FGV é o melhor dos índices para medir a inflação brasileira. Em 2006, o IGPM foi de 3,84%, em 2007, dobrou, 7,74% e nos últimos 12 meses, até abril, 9,80%. Todos devem se preparar para dias cinzentos, este índice reajusta as tarifas das concessionárias e os contratos de aluguel. Aqui encontramos uma boa explicação para o COPOM rever a taxa básica de juros para cima, é que os investidores , certamente, não se conformarão com taxas de ganhos negativas. Se a SELIC é de 11,75% e a inflação já esta em 10%, os juros reais são de míseros 1,75% ao ano. Os aplicadores da poupança, coitados, já estão no negativo há horas. Afinal porque a inflação esta de volta? A primeira delas é a irracionalidade dos gastos dos Governos. Arrecadam muito, gastam mal, gastam em “despesas correntes” pessoal, agua, luz, alugueis, cartões corporativos e assim por diante. Como não se investe na produção, na infra estrutura, o custo Brasil sobe, começa a escassez de produto, há pressão da demanda e os preços disparam. O Governo vem repetindo que o problema da inflação são os preços dos alimentos, que o mundo esta consumindo melhor, que a inflação é mundial. Não é verdade.O índice CPI (Consumer Price Index) que mede a inflação nos USA, teve alta de 0,2% em abril contra expectativa de 0,3%. No acumulado dos doze meses, o índice recuou de 4% em março para 3,9%. Na Europa não é diferente. Outra fonte inflacionária são os déficits crescentes da Previdência Social. Foram 132 bilhões nos últimos 03 anos (13 orçamentos e SC), 46 só no ano passado. Os rombos são enormes são “buracos negros” que feito o fenômeno estelar, engolem tudo quanto é receita que se aproxima. As contas públicas brasileiras ao contrário do que se noticia são uma lástima. Ufanisticamente o governo diz que a dívida pública esta resolvida, que não precisamos mais do FMI, até uma Agência de Rating concedeu o “investment grade”. Tudo balela. A oposição, boa parte da mídia, muitos técnicos estão encantados com o Lula e não enxergam o futuro. A dívida não diminuiu, o Governo Lula acrescentou ao estoque mais de 600 bilhões e hoje ela se aproxima de 1,4 trilhão. Consome só de juros 150 bilhões por ano que como não são pagos, são rolados e o estoque cresce. Só os áulicos de plantão ou os ignorantes sinceros podem concordar com tamanho descalabro.
(Blog Moacir Pereira, 22 de maio, Diario.com)
Feriado de compras limitadas
Após briga na Justiça, só uma loja abriu na região da Capital
Feriado virou sinônimo de polêmica no setor supermercadista da Grande Florianópolis. Patrões e empregados brigam na Justiça para decidir sobre a abertura das lojas. E no meio da discussão sobra para os clientes, que em dias como ontem, feriado de Corpus Christi, esbarram em portas fechadas.
As decisões sobre os recursos apresentados na Justiça saíram na véspera do feriado. Apenas quatro unidades de São José – Xande, Rosa, JJA e Copal Alimentos – conseguiram manter a autorização para funcionamento. Mas diante do prazo apertado e do receio das pesadas multas, segundo informações do sindicato dos supermercados, apenas o Xande abriu.
Na Capital, até os supermercados que operam nos shoppings, que haviam anunciado a abertura no feriado, mantiveram as portas fechadas.
– O prejuízo é para todo mundo, não só para os empresários. Mas a tendência é continuar fechando as lojas nos feriados – reclama o presidente do Sindicato de Supermercados e do Comércio Varejista da Grande Florianópolis (Singa), Lúcio José Matos. Ele diz que as reivindicações dos trabalhadores são “inviáveis”.
O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio de SC (Fecesc), Francisco Alano, defende que o ideal para a categoria é o pagamento de 100% das horas trabalhadas no feriado mais abono de R$ 20 e revezamento de um por um – cada funcionário trabalha um feriado e folga o seguinte. E uma folga em outro dia para compensar o feriado trabalhado. Na briga na Justiça, o sindicato se baseia na lei que exige acordo entre empregados e patrões para decidir sobre a abertura. Este foi o quarto feriado seguido em que os supermercados da região fecharam por determinação da Justiça.
Sindicato calcula os prejuízos
A advogada Regina Almeida, assessora jurídica do Singa e da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), diz que a entidade vai levantar os prejuízos destes feriados e pretende retomar em breve o debate, para evitar problemas também com feriados municipais e estaduais.
– Lamentamos esse impasse. Todos estão perdendo. O empregado podia ganhar um pouco mais e a sociedade perde um serviço essencial, que é a venda de alimentos – avalia.
Na noite de quarta-feira, a juíza Ligia Maria Teixeira Gouvêa, do Tribunal Regional do Trabalho de SC, analisou 22 mandados de segurança de estabelecimentos da Grande Florianópolis. As quatro lojas de São José não foram proibidas de abrir porque não houve tempo hábil para julgar o recurso contra a decisão inicial que autorizava a funcionamento.
As multas em caso de infração variam conforme cada sentença, indo de R$ 630 por funcionário que trabalhasse no feriado até R$ 250 mil por empresa.
(DC, Economia)
Supermercados fechados hoje
Pelo quarto feriado consecutivo, lojas não funcionarão em Florianópolis
Os supermercados de Florianópolis tentaram até o último momento garantir a funcionamento das lojas hoje, feriado de Corpus Christi. A federação dos trabalhadores obteve decisão judicial favorável ao fechamento das lojas. Empresários ainda buscaram, sem sucesso, reverter o quadro ontem à noite
Este é o quarto feriado seguido em que os supermercados fecham por determinação da Justiça. Na Páscoa (23 de março), no Dia de Tiradentes (21 de abril) e no Dia do Trabalho (1º de maio), eles também foram obrigados a fechar. No dia 1º de maio, apenas três redes conseguiram autorização judicial para operar no feriado.
Ontem, o presidente do Sindicato de Supermercados e do Comércio Varejista da Grande Florianópolis (Singa), Lúcio José Matos, tinha esperanças de que ao menos algumas redes conseguissem autorização para abrir hoje. Apenas quatro estabelecimentos de São José (Rosa, Xande e JJA e Copal Alimentos) poderão abrir as portas, porque os pedidos de fechamento destes supermercados não foram analisados por falta de tempo.
A Federação dos Trabalhadores no Comércio de SC (Fecesc) baseia -se na lei que exige acordo entre empregados e patrões para decidir sobre a abertura. Como não houve acordo, a Justiça determinou que as portas permanecerão cerradas. O Fecesc pede pagamento de 100% das horas trabalhadas no feriado mais abono de R$ 20 e revezamento de um por um – cada funcionário trabalha um feriado e folga o seguinte.
Shoppings abrem com horário de domingo
Os shoppings conseguiram autorização para abrir em convenção coletiva de trabalho celebrada no dia 9. No Iguatemi, as lojas abrem das 14h às 20h, e a área de alimentação, das 11h às 22h. No Beiramar, as redes de alimentação, lazer e cinema operam das 11h às 22h, e as lojas, incluindo o Imperatriz, das 14h às 20h.
No Floripa Shopping, a praça de alimentação funciona das 11h às 21h, o cinema, das 11h até a última sessão, e as lojas, das 15h às 21h. Segundo a assessoria do Floripa, o supermercado Nacional, que funciona dentro do shopping, estará aberto das 8h às 21h. Em São José, o Shopping Itaguaçu conseguiu, ontem, autorização judicial para abrir as lojas das 14h às 20h e os demais setores (alimentação, lazer e serviços) das 12h às 21h.
(DC, Economia)
Feira ambiental
A Acif, de Florianópolis, recebe até o dia 26 propostas de quem quer participar do 1º Circuito Viver Melhor Acif. A feira será realizada entre os dias 5 e 7 de junho, no Shopping Beira-mar. Mais informações pelo telefone (48) 3224-3627.
(AN, Serviço)
Iguatemi na Acif
A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) firmou parceria com a Associação dos Lojistas do Shopping Iguatemi.
O acordo garante acesso a serviços aos lojistas, que atuarão com um núcleo próprio.
(DC, Estela Benetti)