Olho no futuro
De acordo com o presidente da Acif, Dilvo Tirloni, a reunião do WTTC, o Conselho Mundial de Turismo, em maio, trará boa chance para deflagrar ações em favor das próximas temporadas na Capital. Em 20 anos, alerta, Florianópolis terá 800 mil moradores e cerca de meio milhão de automóveis. Para evitar bolsões de pobreza, raciocina, a cidade terá que dar conta de 100 mil novas moradias e de 8 mil vagas de trabalho ao ano. “Precisamos apostar no planejamento de longo prazo com investimento pesado em infraestrutura.”
(Coluna Pelo Estado)
Turismo & futuro, por Dilvo Tirloni*
A temporada de 2008 trouxe para Florianópolis quase 800 mil turistas que aqui deixaram US$ 330 milhões. Este ano, com as tragédias que atingiram o Estado, em fins de novembro e agora, no sul, os números não devem se repetir. Afinal, os turistas vêm ao Estado atraídos por nossas belezas naturais, atrativos históricos e manifestações populares. Assim, se a meteorologia não ajuda, a procura cai. Esses elementos motivadores, entretanto, estão diretamente ligados a outros investimentos. Quando fala sobre turismo, o francês Jean-Claude Baumgarten, presidente do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC), cita Dubai. Lá, o governo elegeu o planejamento de longo prazo e investimentos em infraestrutura como fundamentais. Junto com os aspectos ambientais e a mão-de-obra qualificada, a infraestrutura é considerada vital por Baumgarten para o futuro da indústria do turismo. Aqui deveria se pensar da mesma maneira.
Em 20 anos, teremos 800 mil moradores na Capital. Vamos precisar de mais 100 mil casas. Também contaremos com 500 mil veículos. Daí a importância de um órgão de planejamento fortalecido, com poderes para planejar a cidade a longo prazo, definindo questões como transportes, energia, abastecimento e saneamento. Por outro lado, será necessário, nos próximos 20 anos, disponibilizarmos 8 mil vagas por ano no mercado de trabalho. Caso contrário, os bolsões de pobreza tendem a crescer, ampliando a degradação ambiental.
Maio será um marco histórico para o turismo na Capital, com a reunião anual do WTTC, o maior evento mundial do setor. Restará, após o encontro, colher os frutos do bom debate e avançar rumo a uma cidade moderna.
*Presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif)
(DC, Artigos)
Capital 8,41% mais cara
Os alimentos foram os itens que mais pesaram no bolso do consumidor de Florianópolis no ano de 2008, com alta de 10,87% nos últimos 12 meses
A alta nos preços dos alimentos foi a principal responsável pela elevação do custo de vida em Florianópolis durante o ano de 2008, que foi de 8,41%. O grupo alimentação registrou alta de preços de 10,87% nos últimos 12 meses.
Outros itens avaliados registraram variação bem menor: 3,66% no grupo outros serviços, 1,22% em serviços públicos e de utilidade pública e 1,22% em produtos não alimentares. Os dados do são referentes ao Índice de Preços ao Consumidor, apurado pelo Instituto Técnico de Administração e Gerência (Itag/Udesc) e divulgado ontem pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis. Com isso, durante o ano, o aumento acumulado no custo de vida bateu nos 8,41%. O índice é 3,4 pontos percentuais superior aos 5,01% registrados em 2007.
Segundo o coordenador da pesquisa, Hercílio Fernandes Neto, a alta foi influenciada principalmente pela subida de preços dos produtos de elaboração primária. O arroz branco, por exemplo, ficou 49,05% mais caro em 2008. Houve incrementos significativos de preço também na carne de segunda (41,37%), no arroz amarelão (36,95%) e na carne de primeira (14,32%).
A alimentação – e principalmente a carne – também teve impacto sobre os números registrados em dezembro. No mês, o Custo de Vida na capital apresentou um aumento de 0,38%. Enquanto os produtos não alimentares registraram redução de 0,69% nos preços, o gasto com alimentação subiu 0,63%.
Batata e aipim tiveram redução de preços no mês
A batata inglesa (-12,43%) e o aipim (- 7,64%) estiveram entre os produtos com redução de preços. Já a carne de primeira (5,52%) e a carne moída de primeira (4,82%) estiveram entre os itens com aumento de preço. Itens de outros grupos contribuíram para o resultado alcançado. Houve redução de preços nos produtos não alimentares, com destaques para os artigos de limpeza (-5,93%), artigos de higiene (-2,76%), medicamentos (-1,38%) e artigos do vestuário (-1,01%).
O Índice de Preços ao Consumidor de Florianópolis é calculado a partir da comparação de preços de 319 itens. A inflação obtida através dele é aquela que incide sobre os orçamentos de famílias com rendimento entre 1 e 20 salários mínimos.
(DC e AN, Economia, 31/12 e 01/01)
Custo de vida sobe 8,41% em 2008 na Capital
Alta de 10,87% no preço dos alimentos nos últimos 12 meses pressionou índice
Preço da carne de segunda aumentou 41,37% no ano
A alta nos preços dos alimentos foi o que mais contribuiu para a elevação de 8,41% do custo de vida em Florianópolis em 2008.
Nos últimos 12 meses, o grupo alimentação teve alta de preços de 10,87%, de acordo com os dados do Índice de Preços ao Consumidor apurado pelo Instituto Técnico de Administração e Gerência (Itag/Udesc), divulgado nesta terça-feira.
Desde o início do ano, o custo de vida na Capital catarinense teve aumento de 8,41% — índice 3,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo o coordenador da pesquisa, Hercílio Fernandes Neto, os itens que mais pesaram para o resultado final foram a carne de segunda, com alta de 41,37% no período, e o arroz branco, que ficou 49,05% mais caro desde o início do ano.
Outros itens avaliados no estudo tiveram variação menor, como o grupo Outros Serviços (3,66%); Serviços Públicos e de Utilidade Pública (1,22%); e Produtos Não-Alimentares (1,22%).
Carne pressionou para alta em dezembro
No levantamento realizado no mês de dezembro, a alimentação — pressionada pela alta do preço da carne (0,38%) — foi o grupo que mais pesou para o aumento de 0,69% no custo de vida na cidade.
Na contramão dos produtos não-alimentares (-0,69%), o gasto com alimentação subiu 0,63%. A batata inglesa e o aipim registraram as maiores reduções nos preços, de -12,43% e -7,64%, respectivamente.
Entre os itens que tiveram aumento de preço, destaque para a carne de primeira (5,52%) e a carne moída de primeira (4,82%).
Entre o desempenho dos itens do grupo não-alimentares, apresentaram redução significativa de preços os artigos de limpeza (-5,93%), artigos de higiene (-2,76%), medicamentos (-1,38%) e artigos de vestuário (-1%).
O Índice de Preços ao Consumidor de Florianópolis é calculado a partir da comparação de preços de 319 itens. A inflação obtida a partir do levantamento é aquela que incide sobre os orçamentos de famílias com rendimento entre 1 e 20 salários mínimos.
(Diario.com, 30/12)