Nem seria necessária a “expertise” acadêmica para eleger Florianópolis e sua bordada geografia, como um dos maiores labirintos do globo. Está “na cara”. Com muito trabalho e competência, já seria difícil encontrar soluções.
Um plano diretor técnico e comunitário – que não fosse apenas uma homenagem ao “assembleísmo”. Planejamento realista.
Um modal marítimo conjugado ao urbano. Obras de desobstrução – como a continuação da Expressa Sul pelo viaduto de 700 metros sobre o Rio Tavares – e não um brinco de efeito “cosmético”, como o viaduto da Seta.
Pensar a cidade
Uma cidade como Florianópolis, de geografia radical, exigiria forças-tarefas de planejamento e execução, um ágil “gabinete de crise” formado por “think-tankers” que pensassem a cidade “48 horas por dia”.
A Associação Comercial de Florianópolis ofereceu essa assessoria complementar à prefeitura, que teria, é claro, palavra final para compor um grupo comunitário matriculado no tratamento da cidade. A oferta foi rejeitada.
(Coluna Sérgio da Costa Ramos – Diário Catarinense)
Trocando ideias
A Câmara da Mulher Empresária da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis promove hoje, às 19 horas, o evento gratuito “Trocando ideias empreendedoras”, que irá contar com as palestrantes Andreza Michelon e Ivana Henn. Informações e inscrições pelo telefone (48) 3224-3627.
(Serviço – A Notícia)
Votos definem o futuro do Estado
Sete ministros da mais alta corte eleitoral do país começam a decidir hoje o futuro político de Santa Catarina. A partir das 19h, entra em pauta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o processo de cassação de Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
Interrompido em 21 de fevereiro do ano passado, quando três ministros haviam sugerido a perda do cargo de Luiz Henrique, o julgamento agora recomeça do zero. Os votos anteriores foram anulados para a inclusão do vice-governador Leonel Pavan (PSDB) no processo. Desde quarta-feira à tarde em Brasília, Pavan passou o dia ontem coletando solidariedade no Congresso e não disfarçava o nervosismo.
– As acusações são inócuas, mas estou apreensivo – admitia Pavan.
Embora permaneça em Brasília até sexta-feira, Pavan não pretende ir ao TSE hoje. Ele irá acompanhar o julgamento pela televisão. A 1.503 quilômetros de distância do colega de governo, Luiz Henrique da Silveira estará em Joinville hoje à noite, palestrando para empresários enquanto seu destino estará sendo definido pelo TSE.
A aparente tranquilidade do governador não se reflete no corpo de advogados responsáveis por sua defesa. Instalado no apartamento de um familiar, em Brasília, o advogado João Linhares passou o dia ontem revisando os argumentos que pretende usar na sustentação oral diante dos ministros. Dividindo espaço na mesa ocupada por calhamaços de documentos, uma oração a Santo Agostinho repousava solene sobre o laptop.
Provocações entre acusação e defesa
Nos últimos dias, Linhares conversou com pelo menos cinco ministros do TSE. Os encontros, prática recorrente no tribunal, serviram para reforçar os argumentos da defesa. O mesmo expediente foi utilizado pelos advogados da coligação Salve Santa Catarina (PP/PV/PMN/Prona), autora das ações.
Ontem, porém, os quatro representantes do ex-governador Esperidião Amin (PP), candidato derrotado em 2006, passaram o dia confinados em uma sala do quinto andar do edifício Brasil 21, um dos mais luxuosos conjuntos de escritórios de Brasília. Enquanto sorviam balas de café personalizadas com o nome de um dos advogados, eles selecionaram os principais pontos que serão abordados na acusação.
– Este é um jogo de xadrez. Dependendo de como o relator conduzir o julgamento, podemos mudar toda a estratégia – explicou Gley Sagaz.
Embora o julgamento anterior tenha sido anulado, Sagaz considera um trunfo os três votos proferidos há 15 meses em favor da cassação de Luiz Henrique e Pavan. Linhares rebate a tese do adversário. Ele sustenta que há novos argumentos no processo e aponta como vantagem o fato de que apenas dois ministros que atuaram em fevereiro do ano passado mantêm assento no tribunal.
Enquanto não disputam em plenário, Sagaz e Linhares trocam provocações. Linhares classifica as mais de 600 páginas de documentos coletados pela coligação Salve Santa Catarina de “amontoado exemplar de inverdades e falsificações ideológicas”. Sagaz rebate no mesmo tom.
– Nosso maior patrimônio é a exorbitância de provas.
(Diário Catarinense)
Prefeito promete que trânsito vai ficar diferente
O prefeito Dário Berger apresentou ontem os projetos de mobilidade urbana considerados prioritários para o governo federal em Florianópolis. O principal é a construção do Eixo Norte, que ligaria a Beira-Mar Norte à Beira-Mar Continental por um túnel subaquático, seguindo pelo Bairro Estreito até a cidade de São José e finalmente à BR-101. Antes da duplicação, a Rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Bairro Pantanal, passará por obras de recuperação. Segundo o secretário de Obras, José Nilton Alexandre, o pavimento será substituído.
Os projetos devem entrar no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade urbana. A prioridade é para as cidades que serão sede da Copa do Mundo, mas segundo o prefeito, obras devem ser feitas em todas as capitais.
A ideia, conforme Berger, é que a saída para a parte Norte da BR-101 aconteça pelo novo eixo. A saída atual, passando pela BR-282 (Via Expressa), seria utilizada preferencialmente por veículos com destino ao Sul do Estado.
Com a implantação do projeto, o aumento em duas pistas da Via Expressa não seria mais prioridade. O eixo poderá ser realizado com recursos públicos, em parceria público-privado (com aporte financeiro de empresas que receberiam áreas de terra) e com pedágio (realização com recursos públicos e cobrança posterior de pedágio).
Pelo projeto, o túnel terá seis pistas, três de ida e três de volta, com 1,15 quilômetro. O orçamento preliminar é de R$ 590 milhões. O cronograma prevê seis meses para a realização do projeto de engenharia, um ano para licenças ambientais, quatro meses para licitação e outros três anos para a execução.
– É uma obra para resolver definitivamente a entrada e saída da Ilha. Que isso vai ser feito, vai. E será no meu mandato – garantiu o prefeito.
Elevado do Trevo da Seta deve começar em 60 dias
As demais obras seriam as duplicações da SC-401 (entre Jurerê e Canasvieiras), da Via Expressa Sul (no sentido aeroporto), da Rua Deputado Antônio Edu Vieira e da SC-403. Previstas também a ligação cicloviária da Avenida da Saudade com a Avenida Beira-Mar Norte, passando pela SC-404 e Avenida Madre Benvenuta.
Berger também assinou a licitação para a construção do Elevado do Trevo da Seta, que deverá começar a ser construído em, no máximo, 60 dias e ser concluída em até 18 meses.
Para não trancar um dos sentidos e evitar ainda mais congestionamentos, será adotado o sistema binário, ou seja, a rua ficará em apenas um sentido no trecho entre o Armazém Vieira e o trevo da Eletrosul. O tráfego seguirá da Via Expressa Sul para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O sentido contrário, da UFSC para o Bairro Saco dos Limões, será feito pela Rua Romualdo de Barros.
A ordem de serviço, conforme o secretário, seria dada no fim do ano, mas a prefeitura pediu que a empresa esperasse o fim da temporada de verão para o início da obra.
Moradores estão divididos
Agora, na retomada das obras, a empresa desistiu. Com isso, de acordo com ele, a mão única será adotada em alguns meses.
Os moradores e comerciantes da região estão com as opiniões divididas sobre a mudança de sentido das ruas.
Loris Reis, que trabalha em um ateliê de costura na rua, não concorda com a modificação. Para ela, o ônibus que vai para o Centro pela Edu Vieira é mais rápido. Além disso, ela teme perder movimento no ateliê.
Maicon Schaurich concorda. Para ele, que trabalha em uma padaria, a empresa perderá em agilidade, já que para fazer entregas próximas no sentido inverso do tráfego, os funcionários precisarão dar uma volta, aumentando o trajeto e os custos.
Já Graça Schmidt, que também mora e trabalha nas proximidades, acredita que a medida será positiva:
– Será bom porque o tempo que perco esperando na fila já terei dado a volta pela Romualdo de Barros. Edu Vieira reformada antes da duplicação
(Diário Catarinense)