O pior maio da década em Santa Catarina
Estado não acompanha ritmo nacional e desativa 2 mil postos
A geração de emprego em SC, em maio, registrou o pior resultado para o mês nos últimos 10 anos. No período, foram desativados 2.072 postos de trabalho no Estado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No país, os resultados são positivos. O Brasil gerou em maio 131.557 novos empregos formais, o que significa quatro meses consecutivos de crescimento no número de postos de trabalho e o melhor resultado desde o agravamento da crise econômica global, em setembro do ano passado. No ano, o país acumula 180.011 novos postos.
E diante do resultado nacional, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, espera que junho registre saldo positivo maior do que o de maio. Segundo ele, os setores de serviços e construção civil deverão continuar o ritmo de novas contratações.
Em SC, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano houve criação de 10.552 vagas, que também foi o pior resultado para o período desde 1999 – o saldo líquido foi 78,1% inferior ao do igual período do ano anterior, quando foram criadas 48.175 novas vagas. Nos últimos 12 meses, houve crescimento de 2,37%.
Na comparação com abril, a retração do saldo de maio foi de 0,13%. O técnico do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em SC, Osnildo Vieira Filho, lembra que neste ano também houve queda em março. E, embora janeiro, fevereiro e abril tenham apresentado saldo positivo, o crescimento obtido nestes meses também foi o pior dos últimos anos, destaca Vieira.
Agropecuária puxa resultado para baixo
Em maio, os setores com as piores quedas foram agropecuária (-1.858 postos) e indústria de transformação (-1.122). Serviços (+756 vagas), comércio (+200 vagas) e administração pública (+199 vagas) apresentaram os melhores resultados no mês.
Ainda na base de maio, Florianópolis foi a cidade catarinense que mais gerou emprego, com saldo de 408 vagas. Em seguida, aparecem Blumenau (255) e Brusque (244). Os piores resultados foram registrados em Chapecó (-682), Fraiburgo (-627) e Joinville (-311).
(Economia – Diário Catarinense)