Dia dos Pais vende aquém do esperado
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense)
Postergar o mínimo
– Queremos reforçar que o momento não é oportuno, mostrando dados do desempenho industrial em queda, buscando sensibilizar os parlamentares para a necessidade de avaliar melhor os riscos que o mínimo regional pode trazer à economia do Estado – diz Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc.
Ele enfatiza que, segundo o IBGE, a produção industrial de Santa Catarina teve queda de 12,9% no primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período de 2008. A massa salarial caiu 3,4%, e as horas trabalhadas tiveram recuo de 7,1% no mesmo período.
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense)
Sem permissão para decolar
Um dos principais destinos turísticos do país, Florianópolis vai passar mais um ano sem que o novo Aeroporto Hercílio Luz saia do papel. Como a movimentação de passageiros no primeiro semestre de 2009 caiu 12,71% em relação ao mesmo período do ano passado e o terminal foi ampliado em 1 mil metros quadrados, o gargalo foi parcialmente resolvido, alega a Infraero.
O assessor da estatal em Florianópolis, Ricardo Diestel May, afirma que as propostas do projeto executivo do novo terminal, enviadas até 27 de julho segundo o edital lançado em junho, estão em processo de análise de recurso jurídico. Mas os prazos não mudaram, e, pelo cronograma, o início das obras está previsto para agosto de 2010, e a conclusão, para junho de 2012.
O aeroporto já opera acima da sua capacidade em horário de pico, de 980 mil passageiros por ano. Em 2008, foram 2,08 milhões de passageiros, com aproveitamento de horários alternativos, como as madrugadas. Apesar de receber mais do que o dobro da sua capacidade, o Hercílio Luz registrou queda no fluxo de passageiros. No primeiro semestre deste ano, o movimento foi 12,71% menor, de acordo com os dados disponíveis no site da Infraero. Segundo May, a retração foi muito mais expressiva na última temporada de verão.
(Economia – Diário Catarinense)
Terminal atual prejudica o turismo de SC
O novo aeroporto da Capital só deve estar pronto em 2015. A estimativa é do presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Florianópolis, Tarcísio Schmitt.
Segundo ele, a ampliação de 1 mil metros quadrados, apelidada de “puxadinho” pelo trade turístico de Santa Catarina, foi feita para ganhar tempo, uma vez que o projeto do novo terminal está empacado.
– Eu vejo com preocupação este atraso. Foi feito um arremedo para que se use só aquela área até que as verdadeiras obras de ampliação saiam do papel. Não é pessimismo. Mas tentam nos enganar, acham que a gente não pensa. Pelo projeto, são seis etapas, e, do jeito que as coisas vão, só em cinco anos para estarem prontas – prevê.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/SC), João Eduardo Mortiz, a Capital merecia ter ganhado um aeroporto novo há dois anos.
– Florianópolis foi escolhida o melhor destino turístico do país duas vezes e o 24º destino mais procurado do mundo (segundo o New York Times). Mas o nosso aeroporto é uma vergonha. Todos os turistas saem reclamando. Se voltam, eu não sei.
Esgotamento encarece o preço das passagens
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/SC), Ézio Librizzi lamenta que a capacidade esgotada do Aeroporto Hercílio Luz tenha tornado a Capital catarinense um destino muito caro.
– Os passageiros não podem aproveitar as vantagens dos programas de fidelidade das empresas aéreas porque as promoções nunca contemplam viagens com saídas e chegadas em Florianópolis – revela.
Librizzi alerta que a ampliação do aeroporto nem sequer mudou a configuração do saguão, apenas garantiu um alívio depois do embarque. O problema de gargalo nos portões (gates) e nas filas para fazer o check-in continuam os mesmos.
Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav/SC), Eduardo Loch, a Infraero deveria acelerar as obras ou deslocar a movimentação para outros aeroportos.
– Também é preciso qualificar as pessoas que trabalham dentro do aeroporto para agilizar os processos de entrada e saída dos passageiros, aliviando um pouco o gargalo. O turismo está sendo prejudicado pelo aeroporto Hercílio Luz – explica.
(Economia – Diário Catarinense)