A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) acaba de alcançar a marca de 2 mil associados. A conquista ocorre uma semana antes do prazo estipulado, durante a posse da nova diretoria, em maio, e é resultado de uma estratégia comercial alicerçada na oferta de produtos e serviços que garantem maiores benefícios e competitividade às empresas associadas. A meta da atual gestão é chegar a 3 mil sócios nos próximos dois anos.
“O associativismo tem como meta gerar benefícios comuns e superar dificuldades por meio da união de pessoas, empresas ou instituições. Com um número cada vez maior de associados, a ACIF se fortalece e consolida sua posição de influência na discussão de propostas que atendam aos interesses do setor produtivo da cidade”, afirma o presidente Doreni Caramori Júnior.
Ações e projetos estão sendo articulados ou em fase de implantação para que a entidade possa alcançar os 3 mil associados, entre eles, o aumento no número de unidades Regionais, passando das atuais cinco – Continental, Ingleses, Canasvieiras, Lagoa da Conceição e Sul – para dez e também dos núcleos setoriais – de 14 para 20. “A descentralização da ACIF permite um aporte de informações que nenhuma outra entidade da região possui, pois estamos alinhados diretamente com as demandas das comunidades. Oferece ainda maior funcionalidade para o nosso associado, que não precisa se deslocar até a Matriz para realizar um treinamento, por exemplo”, argumenta Doreni.
Em relação aos serviços, a ACIF também tem atuação destacada. Além da oferta sistemática de treinamentos, há também projetos como o Bússola Empresarial (consultoria financeira e de gestão, gratuita e com hora marcada, nas Regionais), Cartão do Associado (sistema de descontos e vantagens que hoje envolve uma rede com 178 estabelecimentos), Centro de Negócios (divulgação institucional por meio do portal da entidade), Banco de Currículos (para oportunidades de emprego), convênios médicos e odontológicos e serviços relacionados ao crédito (Serasa e Siscovem).
(Facisc Online)
Incentivo ao transporte
A série de transtornos causados pelas paralisações do transporte em Florianópolis, que vêm ocasionando perdas de 53% ao varejo e outros incontáveis prejuízos, mostra que o sistema de transporte coletivo precisa ser reavaliado nas grandes cidades brasileiras.
Isto porque enquanto as contas não fecham para empresas e trabalhadores, que apontam déficits, a Petrobras mantém alto o preço dos combustíveis, a carga tributária é elevada e o país subsidia a venda de automóveis, para engarrafar mais as cidades.
Está na hora de priorizar o transporte público, com isenção de impostos e outros incentivos, para que as tarifas sejam acessíveis a todos.
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense)
Turista gasta menos
A crise internacional provocou queda de 12% no volume de dinheiro que os turistas estrangeiros deixaram no Brasil durante os cinco primeiros meses do ano, informou ontem o ministro do Turismo, Luiz Barretto. Nos cinco primeiros meses de 2009, os viajantes estrangeiros deixaram US$ 2,164 bilhões no Brasil, US$ 309 milhões a menos que o ano anterior.
(Geral – Diário Catarinense)
Há mais dinheiro para gastar
Os consumidores de menor renda mais do que triplicaram as compras de itens não-essenciais em 2008
A população brasileira situada entre as classes D e E – que ganham, em média, R$ 650 – foi a que mais ampliou sua renda disponível para o consumo no ano passado, segundo pesquisa realizada pela Cetelem, a financeira do grupo BNP Paribas, em conjunto com a Ipsos.
Entre 2007 e 2008, o gasto médio com itens não-essenciais subiu de R$ 22 para R$ 69, o que representou um aumento de 214%. As classes A e B também aumentaram no período sua disponibilidade ao consumo, com alta de 65%, para R$ 834. Já a classe C passou a gastar R$ 212, significando um crescimento de 44% sobre 2007.
“Com o aumento da renda, os consumidores têm mais dinheiro sobrando no final do mês”, informou o estudo. Segundo o levantamento, a distribuição da população por classes de consumo se manteve praticamente inalterada entre 2007 e 2008 (veja tabela abaixo).
Os maiores gastos considerados essenciais, na média da população brasileira, continuam sendo com supermercados, de R$ 352, seguido por energia elétrica (R$ 62), aluguel (R$ 41), remédios (R$ 33), transporte coletivo (R$ 32), gás (R$ 31) e água e esgoto (R$ 29).
(Economia – A Notícia)
Mais um dia sem ônibus
Estaca zero. Depois de um dia inteiro de negociações, o secretário de Transportes e vice-prefeito da Capital, João Batista Nunes, recebeu na noite de ontem uma proposta do Sindicato das Empresas (Setuf), que, segundo ele, não tem aprovação da prefeitura. A proposta sequer foi apresentada aos trabalhadores. A greve no transporte coletivo continua na Grande Florianópolis.
Na proposta, os empresários concordam com o reajuste de 7% no salário dos trabalhadores desde que a tarifa seja reajustada em R$ 0,15. Também condicionam o aumento para R$ 310 no tíquete-alimentação ao valor do subsídio pago pela prefeitura (hoje R$ 0,12 por passageiro, o que significa cerca de R$ 550 mil por mês).
A proposta determina, ainda, que se o aumento for retroativo a maio (mês da data-base da categoria) deverá ser pago pela prefeitura.
– O prefeito não assinará essa proposta. Não vamos dar aumento na tarifa que signifique ganho real aos empresários, porque eles já o tiveram no início do ano. Só daremos o aumento que for proporcional ao reajuste salarial – afirmou João Batista.
Segundo o vice-prefeito, o governo municipal não tem de onde tirar o pagamento do reajuste retroativo a maio e, mesmo que fizesse isso, teria que passar por uma aprovação na Câmara de Vereadores, o que demoraria ainda mais.
Os trabalhadores já deixaram claro que não vão concordar com um reajuste a partir de agora, já que a data-base da categoria venceu em maio.
Para os empresários, condicionar o aumento do ticket ao subsídio é uma forma de pressionar a prefeitura a fazer este pagamento sem atraso. O último subsídio pago foi o de abril. O valor referente a maio já venceu, e o de junho vence nos próximos dias.
Empresas querem explicação dos custos
Na madrugada de ontem, o prefeito Dário Berger havia entregue uma proposta ao Sindicato dos Trabalhadores (Sintraturb), aprovada pela categoria. Para entrar em prática faltava a concordância dos empresários.
O problema foi que quando o sindicato das empresas concordou, impôs novas condições, não aceitas pela prefeitutra.
Ainda na tarde de ontem, o presidente do Setuf, Waldir Gomes, já havia oficializado à prefeitura que aceitava o aumento salarial e do ticket-alimentação dos funcionários. Isso tudo desde que respeitado o reajuste de R$ 0,15 e se o pagamento retroativo fosse feito pela prefeitura.
Gomes disse, ainda, que as empresas só aceitariam o acordo sobre o documento entregue por Berger se a prefeitura revelasse de onde sairão esses recursos. Ele chegou a declarar que não irá dar cheque sem fundo, dando a entender que as empresas temem calote da prefeitura e que, neste caso, não teriam como arcar com os custos para atender aos trabalhadores.
– A sociedade é quem vai pagar caro por esse modelo que está aí. Nós já garantimos que nos comprometemos a pagar o aumento, falta é o acordo pelas empresas – rebateu o vice-prefeito.
Enquanto o problema não se resolve, a população da Grande Florianópolis deve se preparar para mais um dia enfrentando as dificuldades de uma cidade sem ônibus, além da real possibilidade de mais um aumento na tarifa.
Os trabalhadores garantiram que a quantidade mínima de ônibus exigida pela Justiça está sendo cumprida, mas as empresas afirmam que não conseguem colocar os ônibus nas ruas porque os trabalhadores impedem a saída das garagens.
(Geral – Diário Catarinense)
Dário Berger segue prefeito
Por 4 a 2, o TRE manteve peemedebista no cargo na Capital
Visivelmente angustiado, com as mãos frias e suadas, o prefeito da Capital, Dário Berger (PMDB), 52 anos, começou a acompanhar o julgamento que pedia a sua cassação, no início da noite de ontem.
Sentado em uma poltrona na sala principal de sua casa, no Bairro Itaguaçu, manejava nervosamente o controle remoto em busca de informações na tevê que o municiassem sobre o que estava ocorrendo há 10 quilômetros dali, na sala de sessões do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Sentados no sofá ao lado, o secretário regional Valter Gallina, e os secretários municipais Mário Cavallazzi, Bita Pereira, Luiz Carlos Silva, Átila Rocha e José Carlos Rauen não disfarçavam a apreensão. Por telefone, eram informados por colegas que estavam no Tribunal de como ocorria a sessão.
O clima tenso e de expectativa só começou a amenizar a partir da leitura do voto do relator, juiz Samir Oséas Saad, que se manifestou pela absolvição e pelos dois votos seguintes, do desembargador Newton Trisotto e do juiz Oscar Juvêncio Borges.
Caminhando de um lado para o outro na sala, bebendo água, beliscando petiscos e camarões à milanesa e conversando sobre amenidades com os presentes, Dário parou para ouvir Gallina, às 20h32min, lhe dar o placar final: quatro votos pela absolvição e dois pela cassação. Animado, o secretário regional comemorou:
– É mais um turno que tem que ser vibrado, comemorado. Ganhar do Esperidião (Amin) é sempre bom.
De mãos dadas, todos fazem uma oração
O prefeito dispensou a champanha que alguém na sala pensou em abrir e pediu a Bita Pereira, que é bispo evangélico, uma oração de agradecimento. Afastaram as bebidas da mesa, deram-se as mãos, rezaram e bateram palmas.
– É a vitória moral. Estou aliviado, tirei um peso de cima dos meus ombros – afirmou, entre dezenas de telefonemas e abraços que se seguiram ao resultado.
Por quatro vezes durante o julgamento Dário atendeu ligações do governador Luiz Henrique (PMDB), que deslocava-se de avião de São Paulo para Santa Catarina. Na última chamada, desligou e avisou para todos:
– Esse governador é um espetáculo, é meu brother. Ele me adotou.
A chegada do filho Paulinho, 10 anos, que estava no futebol, trouxe à tona as emoções do prefeito-pai. Abraçando o filho e acariciando seus cabelos, disse-lhe, no ouvido “ganhamos mais um turno, garoto”.
Dário prefere usar apenas o termo “aliviado” ao comentar a vitória no TRE. Se sai fortalecido do processo? Prefere que os correligionários respondam:
– 4 a 2 é goleada, não é, pessoal?
(Política – Diário Catarinense)