Incompreendido por sua poética inovadora na antiga Desterro do século 19, atual Florianópolis, João da Cruz e Sousa transportou para os textos a genialidade e o sofrimento que marcaram sua curta existência. A vida e a obra do poeta que introduziu o Simbolismo no Brasil norteiam a conversa da escritora Eglê Malheiros e da pesquisadora Zahide Muzart com o público, no evento “Cruz e Sousa do Desterro”, nesta quinta-feira (10/11), às 19h, na Casa da Memória, no Centro Histórico. A atividade, promovida pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), integra a programação alusiva às comemorações dos 150 anos de nascimento do escritor catarinense.
Realizado dentro do projeto Casa das Ideias, o encontro cultural terá leitura de textos de Dennis Radünz e exibição fotográfica referente ao século 19, remetendo aos locais de memória de Cruz e Sousa citados em suas obras ou que fizeram parte do cotidiano do poeta no período em que ele morou em Desterro. As imagens integram o acervo de quase 23 mil fotografias sob guarda da Casa da Memória de Florianópolis. O evento tem entrada gratuita.
A agenda cultural do sesquicentenário está sob responsabilidade do Grupo de Articulação – 150 Anos do Nascimento do Poeta Cruz e Sousa, formado por instituições públicas federais, estaduais e municipais, além de organizações privadas e entidades não governamentais. O objetivo da iniciativa, coordenada pela Prefeitura de Florianópolis, é divulgar a poesia que imortalizou o escritor catarinense como o Cisne Negro da literatura, mas também oportunizar à população local redescobrir a trajetória deste conterrâneo ilustre que nasceu e morou na cidade boa parte de seus 36 anos de vida.
*Por FCFFC