Em contrapartida, novamente o cartão de crédito ganhou força.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) em Santa Catarina, realizada pela Fecomércio SC e Confederação Nacional do Comércio (CNC), apontou que tanto as compras parceladas quanto as dívidas em atraso tiveram queda no estado no mês de julho. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pela Fecomércio-SC.
O percentual atual de famílias com contas a pagar em Santa Catarina é de 85,9%. Redução tanto na comparação com o mês anterior (86,9%) quanto na comparação com julho de 2011 (92,5%). A parcela de famílias com compras a prazo caiu pelo segundo mês consecutivo no estado. De 88,2% em maio, para 86,9% em junho, chegando aos 85,9% em julho.
Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, o comportamento é bastante parecido. Nas famílias com rendimento menor a 10 salários mínimos (menos do que R$ 6.220,00), 86,3% possuem dívidas a pagar. Nos lares com renda superior a 10 salários, o percentual é de 84,8%.
A variação do indicador que mede o nível das novas dívidas em julho também demonstra a saúde financeira dos consumidores. Na comparação com o mesmo período de 2011, o percentual de famílias com muitas dívidas era de 50,8% e no mês passado foi de 44,9%. Atualmente, está em 42,7%. Os mais ou menos endividados eram 50,8% em julho de 2011 e 31,9% no mês passado. Agora são 33,1%. Os que mantêm poucas contas a pagar eram 9,6% no mesmo período do ano passado, 10,1% em junho e no momento são 10,2%. Também é considerável o percentual de famílias que não possui compras parceladas a quitar: 14,1%.
Em contrapartida, novamente o cartão de crédito ganhou força. Ele é o principal meio de pagamento a prazo das famílias catarinenses. Em julho ele é responsável por 70,1% das contas a pagar. Acréscimo de 11% em sua participação em relação a junho. Completa o quadro os financiamentos de imóveis (6,4%) e os carnês (5,7%).
Comprometimento da renda
O tempo de comprometimento com o pagamento das contas ficou estável na comparação mensal. Em junho o tempo médio era de 5,1 meses. Em julho são 5,2 meses. A maioria das famílias do estado também declarou estar comprometida com parcelas de menos de três meses (57,1%). Na sequência aparecem as famílias com comprometimento maior do que um ano (27,1%); entre seis meses e um ano (8,4%); e entre três e seis meses (7,4%).
Para quitar as parcelas adquiridas, as famílias catarinenses declararam em julho grau de comprometimento médio de 29,3% da renda familiar, superior aos 28% de junho.
*Por Economia SC