O produto deve se adequar às características do tipo de pele de cada pessoa. Fórmulas manipuladas têm cosquitado cada vez mais adeptos
Que o protetor solar é o grande aliado no combate ao câncer de pele e ao envelhecimento precoce, todos sabem. O que poucos sabem é que na hora de escolher o produto, deve-se levar em conta alguns fatores para se obter o filtro certo para cada tipo de pele. A escolha correta do fator de proteção depende do tempo que a pele pode ficar exposta ao sol sem queimar. Dependendo do tipo de pele, esse tempo varia de 5 a 30 minutos. O resultado deve ser multiplicado pelo Fator de Proteção Solar (FPS) para saber qual é o tempo de exposição ao sol com um filtro que não danifique a pele.
Mas não é só o fator de proteção que deve ser avaliado – o produto tem que se adaptar às necessidades de cada pessoa (veja quadro). Se a pele é oleosa, os não comedogênicos – filtros com substâncias que não obstruem os poros – são os mais indicados. Já a pele seca combina com texturas cremosas, que protegem e hid ratam. Para crianças e pessoas de pele sensível são recomendados fotoprotetores sem fragrância e hipoalergênicos, isto é, que geralmente não provocam alergia.
Também deve ser levado em conta a atividade que se pretende praticar, o tempo de permanência na água, o meio ambiente, intensidade da luz solar, estação do ano, alta ou baixa umidade, vento e outros fatores. Mas o importante mesmo é não esquecer que o protetor deve ser usado todo dia, faça chuva ou faça sol, pois a radiação ultravioleta existe da manhã até o anoitecer.
Ajuda de especialistas
Para ter mais segurança na hora de escolher um protetor, consultar um dermatologista é a melhor alternativa. Outra solução que vem ganhando cada vez mais adeptos é a manipulação farmacêutica. Segundo dermatologistas e farmacêuticos, esta é uma maneira de obter produtos personalizados com garantia de qualidade e eficiên cia. Ao solicitar um filtro solar em uma farmácia de manipulação, o consumidor pode escolher a forma de apresentação (gel, loção ou creme), optar por inclusão de pigmentos cor da pele e até mesmo o tipo de embalagem. “Pessoas com acne, por exemplo, podem solicitar a manipulação de filtros em gel, com fator de proteção adequado para a sua cor de pele”, afirma Gerson Appel, proprietário da farmácia Dermus e coordenador do Núcleo de Farmácias Magistrais da Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis).
Appel também explica que o dermatologista deve prescrever uma fórmula ideal e exclusiva para cada tipo de pele, local de aplicação e necessidade de proteção aos raios UVA (ultravioleta A) e UVB (ultravioleta B) para que o paciente corra o menor risco possível. “Se o filtro utilizado permite que a pele fique vermelha após a exposição ao sol, isto é sinal de que a proteção não está sendo adequada ou que o produto utilizado deve ser reavaliad o”, lembra o farmacêutico.
"Oil free"? Hipoalergênico? Entenda seu filtro solar.
A linguagem utilizada nos rótulos dos filtros solares muitas vezes deixa o consumidor confuso na hora da compra. Aprenda abaixo o que significam os termos mais freqüentes e escolha aqueles mais indicados ao seu tipo de pele:
Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra os raios ultravioleta A e ultravioleta B.
Hipoalergênico: utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.
"PABA Free" (ou “Livre de PABA”): filtros que não contém a substância PABA, que tem alto poder de causar alergias.
"Oil free" (ou “Livre de óleo”): filtros cujos veículos não contêm óleo mineral. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.
Não comedogênicos: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.
Dicas de proteção
1. Se nadar ou transpirar muito, reaplicar o filtro em seguida.
2. Proteger também os cabelos, aplicando gel ou creme com filtro solar.
3. Proteger os lábios, usando protetor labial com filtro solar.
4. Proteger os olhos com óculos escuros.
5. Evitar bronzeamento artificial.
6. Limitar o tempo de exposição ao sol, evitando o horário entre 10 e 16 horas.
7. Proteger também áreas freqüentemente esquecidas como a ponta das orelhas, dorso das mãos e o peito dos pés.
8. Bebês até seis meses não devem usar filtros solares.
9. Bebês acima de seis meses e crianças não devem usar filtros químicos em alta concentração, sendo mais indicado os filtros físicos.
10. Jovens e adolescentes, devem usar formulações com base livre de óleo para não agravar o aparecimento de acne, comum nessa idade.
11. Atletas em atividade devem optar por filtros físicos resistentes à água.
12. Na pele madura, o uso de fotoprotetor deve ser incrementado com adição de anti-radicais livres e hidratantes.