Recentemente, o Rio de Janeiro foi sede do 46º Congresso da Arquitetura Paisagística Mundial, o maior evento do segmento. Mais de 600 pessoas de todas as nacionalidades tiveram a oportunidade de conhecer soluções criativas e inovadoras para antigos problemas relacionados à infraestrutura das cidades, e a discussão central girou em torno das experiências aplicadas para minimizar as graves consequências da força dos fenômenos naturais nos grandes centros urbanos. A questão da água dominou boa parte dos debates, não somente pelo risco de escassez, mas por ser apontada como o grande elemento destruidor de aéreas urbanas. O exemplo trazido pela Dinamarca é muito interessante e consiste, basicamente, em transformar o perímetro urbano em uma espécie de esponja. Lá, locais com histórico de grandes enchentes têm hoje a capacidade de absorver e armazenar no subsolo o excesso da água da chuva, o que foi conseguido por meio da substituição da pavimentação das áreas urbanas por materiais permeáveis, ampliação da cobertura de massa verde e construção de reservatórios nas encostas dos morros. A água armazenada é utilizada, por gravidade, para diferentes fins, e, entre outros benefícios, essas soluções trazem a minimização dos deslizamentos de terras nos morros, a redução com o custo de abastecimento de água e a manutenção da umidade atmosférica necessária para que a chuva ocorra ao longo do ano, evitando o aumento da temperatura local. A lição da Dinamarca e do evento, como um todo, é a de que, sendo o planeta um ser vivo em frequente adaptação e transformação, independente da ação do homem ou em consequência dela, as “áreas urbanas consolidadas” não têm outra alternativa senão a de criar mecanismos de proteção para sua população e propriedades.
* Arquiteta, diretora de Meio Ambiente da Acif
(Artigos – Diário Catarinense, 25/11/2009)
Capital debate futuro turístico
A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) vai sediar amanhã e sexta-feira Oficina do Projeto de Gestão dos 65 Destinos Indutores de Turismo do país, do Ministério do Turismo, que visa a debater as prioridades do setor. Conforme o diretor de Turismo da Acif, Ernesto S. Thiago, o enforque maior será para infraestrutura viária. Ele diz que é preciso garantir verbas para o novo aeroporto da Capital, duplicação da BR-101 e saneamento. Balneário Camboriú e São Joaquim também são indutores e sediarão debates semelhantes.
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense, 25/11/2009)
(Coluna Luiza Gutierrez – Notícias do Dia, 25/11/2009)
(Coluna Evandro Saad – Biguaçu / São José em Foco, 24/11/2009)
(Economia – Notícias do Dia, 25/11/2009)