Entrevista presidente Dilvo Tirloni no Conversas Cruzadas – Saneamento e Balneabilidade (TVCOM, 19/1)
Entrevista ReÓleo (Mirtes – coordenadora do programa) à Rádio Guarujá, SC no Ar e SC News (16/1)
HARMONIA
A Embaixada Copa Lord convida interessados a participar da equipe de Harmonia da Escola. Primeira reunião será hoje, às 19h, na ACIF, na Rua Emílio Blum, 121, Centro. Qualquer pessoa pode participar, mas é importante estar em todos os encontros do grupo. Mais informações pelo telefone (48) 3204-8795.
(DC, Ângela Bastos)
Programa estimula reciclagem de óleo
O programa ReÓleo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) passa a oferecer um estímulo extra para quem destina o produto para reciclagem. A partir deste mês, estabelecimentos comerciais e condomínios poderão receber produtos de limpeza em troca do óleo entregue ao programa. Os produtos distribuídos serão detergente, água sanitária, sabão em pasta e sabão em pedra. O número de unidades recebidas depende da quantidade de óleo que o estabalecimento entrega ao programa. Estabelecimentos que não são associados à Acif deverão assinar um contrato de doação de óleo ao projeto por um período de dois anos. Interessados devem se cadastrar pelo site www.reoleo.com.br.
(NdD, Cidade)
Al mare
Farid Othman, do ramo náutico, segue à risca a cartilha de investir para enfrentar a crise. A loja no qual é sócio de João Eduardo Moritz Neto, a Náutica Inside, em Floripa, pretende aumentar as vendas da lancha Phoenix em 30% em relação ao verão passado. A embarcação é campeã de vendas nas feiras Boat Show. Em 2007, prevendo que o dólar subiria, comprou dezenas de unidades com bom preço. Para este ano vai investir em campanha publicitária. O empresário faz parte da equipe que está reativando o núcleo náutico da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis.
(NdD, Ricardinho Machado, 17 e 18/01)
Benefícios da Copa, por João Eduardo Amaral Moritz*
Não temos dúvida de que o World Travel & Tourism Council (WTTC), evento que reúne os maiores líderes mundiais do turismo em Florianópolis agora em maio, e a notícia publicada pelo New York Times, no final de semana retrasado, que coloca nossa Capital como o 24º Destino Turístico Mundial mais procurado, vão pesar muito na hora da escolha das cidades onde acontecerão os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Florianópolis pode ser uma das sedes da Copa. Até lá, no entanto, precisamos fazer muitas coisas, como a construção de um novo aeroporto e as reformas no sistema de transporte urbano. Temos que aproveitar para resolver os problemas estratégicos da cidade, como o do saneamento básico e outros.
Governos federal, estadual e municipal e iniciativa privada poderão dar uma contribuição significativa para o município. Nós, hoteleiros, podemos dizer que a Lei Geral do Turismo (LGT) chegou na hora certa, pois ela é o segundo marco nesse processo de mudanças de governos e sociedade. Com a LGT o setor ganha força e se consolida. Essa lei vai resolver questões como a falta de fiscalização, muito sentida pelo setor. Nossa cidade tem sofrido com ações desarticuladas. Precisamos de uma política firme se quisermos resolver os problemas estruturais da Capital.
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih/SC) se prepara com um programa de qualificação, treinamento e capacitação para melhor atender ao hoteleiro e milhares de pessoas até o início da Copa. Portanto, os jogos, sendo realizados aqui, serão uma grande oportunidade de crescimento para todos nós.
*PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HOTÉIS DE SANTA CATARINA (ABIH/SC) – (DC)
Poluição criminosa
As notícias sobre a poluição das praias de Florianópolis ocupam as colunas e as páginas dos jornais antes e durante a temporada. São raras, realmente exceções, as respostas efetivas e eficazes do poder público para tentar neutralizar esta irregularidade, que se repete em todas as temporadas.
As informações sobre situações deploráveis de água contaminada nos rios e córregos que se ligam ao mar ou lagoas também ganham os noticiários de rádio e TV todos os anos. Medidas drásticas, corretivas, atuando nas causas, em respeito aos cidadãos, não se tem para publicar.
Na edição de ontem do DC, uma reportagem didática que diz tudo. Intitulada Mergulhos de alto risco, relaciona as praias impróprias para banho na lista oficial da Fatma. Repete-se, também neste caso, a mesma providência de anos anteriores. A fundação colhe a água nas praias mais frequentadas, faz exame de laboratório e depois anuncia aquelas que podem e as que não permitem o uso pelos banhistas.
Na mesma reportagem, outra matéria cujo título também é elucidativo: Mau cheiro representa prejuízo perto da orla. Perto e longe, porque há inúmeros balneários onde a cor da água denuncia a sua qualidade.
A omissão das autoridades é uma lástima. A Fatma limita-se a levantar o nível da poluição e a colocar placas nas que não permitem o uso pela comunidade e veranistas. Fica nisso. Nenhum projeto da vigilância sanitária do Estado e dos municípios para combater na raiz este grave problema de saúde pública.
• Agora?
O diario.com de ontem mostrou a única decisão no meio de tanto marasmo e omissão. A Casan fiscalizando a rede de esgoto de Florianópolis. Esclarece que a estatal recolheu um caminhão de gordura apenas numa rua próxima do shoppping. E as demais? Só agora?
Quem desejar conferir como está o saneamento básico em Santa Catarina não precisa perder muito tempo. Basta se dirigir ao Centro Administrativo, na SC-401. Ali, no estacionamento principal, ao lado do prédio onde fica o gabinete do governador, tem várias bocas-de-lobo. A fedentina que dali se espalha pelo ambiente é reveladora. Sistema de galerias fluviais contaminadas por esgoto, é o que dizem os policiais obrigados a conviver com o mau cheiro permanente.
A falta de planejamento da infraestrutura turística das principais praias de Santa Catarina acontece, principalmente, em relação à saúde pública. Não há espaço mais democrático do que os balneários. Ali convivem ricos, pobres e a classe média, gente de todas as raças, credos e origens. Todos submetidos aos mesmos riscos quando enfrentam a poluição das águas. O que seria absolutamente natural? As autoridades determinarem, já no inverno ou no início da primavera, uma rigorosa fiscalização nas galerias fluviais, nos restaurantes, hotéis e estabelecimentos com alta frequência, conferindo se são ou não agentes poluidores.
Empreendedores e gente famosa com mansões poluindo o meio ambiente deveriam merecer mais do que multas. Como estão matando a própria galinha dos ovos de ouro, deveriam ser punidos com seus nomes fixados em gigantescos painéis de estradas. Funcionaria como sentença pedagógica e exemplar para que outros evitassem a prática delituosa.
O que a Casan começa a fazer chega tarde e é muito pouco. Os órgãos públicos responsáveis pela proteção da saúde pública deveriam se unir antes da temporada para uma ação radical de proteção das belezas naturais de Santa Catarina e da saúde da população. (Moacir Pereira, DC)
Shopping a céu aberto, por Walmor Jung Júnior *
Cada vez mais as pessoas procuram alternativas a fim de extravasar suas emoções, buscando maior equilíbrio entre trabalho e lazer. A exiguidade de tempo, o apelo familiar e o estresse do cotidiano são fatores que motivam essa busca.
O mundo contemporâneo norteia tendências, modas, necessidades pessoais. Recursos virtuais, com a internet, conforto, comodidade e entretenimento passam a ser valores agregados que pesam no conceito dos consumidores. Modelo de loja com quatro paredes, produtos expostos e vendedores desqualificados vão dar espaço aos empreendedores que entenderem na essência a sua função de atender, de forma plena, às expectativas do público. Acompanhar estas mudanças estruturais e de comportamento é obrigação do varejo, sob pena de deixar de existir. Quem dita as regras de consumo é o consumidor.
Ganha vulto a ideia de transformar o comércio tradicional em vários núcleos de shopping a céu aberto, proporcionando conforto, comodidade, atendimento diferenciado e entretenimento, visando sempre à satisfação plena do consumidor, sem, contudo, que as lojas de rua percam o charme e a interatividade humana. As ações que envolvem esta transformação: mudança radical do visual, padronização, mix de lojas e atrativos para a família.
É na rua que se constrói e se conta a história do mundo. É na rua que se reveem amigos, que se formam amizades. A rua é campo de todos e de ninguém.
Longe de se constituir num projeto independente, o que se propõe é a melhora na qualidade de vida por meio de maior interatividade do consumidor e de toda população. A ideia é “tirar” as paredes das lojas transformando-as num único local que as pessoas tenham prazer de frequentar.
E viva a rua! * PRESIDENTE DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE TUBARÃO
(DC)
Turismo em alta
Ao contrário das previsões pessimistas, o verão deste ano está surpreendendo o setor turístico diante do elevado número de visitantes no Estado. A expectativa é alcançar até 15% de crescimento frente à temporada anterior.
Entre os segmentos mais otimistas está o Sistema Brasileiro de Hotéis, Lazer e Turismo (SBTUR), que atua com turismo social, aquele em que as famílias podem pagar viagens em até 12 vezes.
(Estela Benetti, DC)
Passagem de ônibus sobe à 0h de domingo
Reajuste médio concedido pela prefeitura ficou na faixa 6,66%
As tarifas do transporte coletivo de Florianópolis terão um reajuste médio de 6,66% amanhã. O percentual está abaixo do sugerido pelo Conselho Municipal de Transporte, que era de 9,81%.
Os novos valores foram homologados ontem pelo prefeito Dário Berger (PMDB) por meio do Decreto 6430 e passam a vigorar a partir da 0h de domingo. Pelo decreto, todos os créditos existentes no cartão serão descontados com base na tarifa sem reajuste (antiga) e terão validade por 60 dias.
– Procuramos um índice que pudesse viabilizar o funcionamento do sistema de transporte coletivo, causando o mínimo de impacto financeiro à população da Capital – disse o prefeito.
O pedido de reajuste foi divulgado na terça-feira, pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf). O Conselho Municipal de Transporte havia sugerido reajuste de 9,81%, em obediência ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) do ano.
O sistema executivo de transporte com micro-ônibus, os chamados amarelinhos, também sofrerão reajuste, mas ainda não está definido quando nem de quanto será.
O Conselho de Transporte é composto por representantes da Secretaria Municipal de Transportes e Terminais; Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf); Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf); União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco); Sindicatos dos Taxistas e dos Escolares; cooperativas dos Transportes Escolares, e Mista de Transportadores de Turismo Florianópolis e agentes de turismo.
Faltou pouco para o valor atual da passagem fazer aniversário. No dia 20 de janeiro do ano passado, a passagem também aumentou. O reajuste foi menor que o novo, liberado a partir de domingo. Há um ano, a passagem que custava R$ 1,90 passou para R$ 1,98.
Novos preços
Tarifa Quanto Quanto
é vai custar
Social (cartão) R$ 1,30 R$ 1,40
Social (dinheiro) R$ 1,60 R$ 1,70
Normal (cartão) R$ 1,98 R$ 2,10
Normal (dinheiro) R$ 2,50 R$ 2,70
Fonte: Setuf
(DC, 17/01)
Desaprovado
A exemplo do que já aconteceu em Floripa, as empresas de transporte coletivo de São Paulo também estão desistindo do ar-condicionado nos ônibus.
Uma pesquisa realizada entre usuários demonstrou que a maioria prefere andar com as janelas abertas porque não suporta ficar num ambiente fechado, junto com desconhecidos, respirando o mesmo ar.
(Cacau Menezes, DC, 17/01)
Cruzeiros
Enquanto Floripa esnoba os transatlânticos, porque, segundo seu secretário de Turismo, “dão muito trabalho”, e os comerciantes acusam queda de até 40% no movimento em relação ao verão passado, Porto Belo tem se especializado nesta área. Para esta temporada, o município receberá mais de 40 navios, com média de 2 mil passageiros cada.
Neste domingo, 18, chegarão, por exemplo, simultaneamente, três grandes navios.
(Cacau Menezes, 17/01)
Matando a Costa
O ex-vereador Lelo Andrino de Oliveira diz que a Costa da Lagoa está com os canos de captação de esgoto enterrados há mais de cinco anos e que só falta R$ 1 milhão para ligar o sistema à estação de tratamento na Barra da Lagoa… Não precisa falar que a Costa é um dos lugares mais lindos da Ilha, uma comunidade nativa, fechada e completamente integrada à natureza, local para ir de barco e degustar as comidas tradicionais da Lagoa. O governador costuma passar por lá de vez em quando.
E aí, Casan?
(Cacau Menezes, 17/1)
Ilha sem destino, por Laudelino José Sardá*
Não me surpreendeu o New York Times ao classificar Florianópolis entre as 40 cidades a serem mais visitadas em 2009, como também não me assombrou o fato de um menino de 13 anos, de bicicleta, disparar o seu revólver em plena tarde desta semana contra um restaurante, na Cachoeira do Bom Jesus. Estamos, na verdade, entre a fruição dos governantes, enternecidos por verem a Ilha no ranking internacional, e a aflição dos que vivem a cidade sem perspectiva.
A Ilha tem hoje mais de 40 áreas de deterioração social, ou seja, de favelas, como se conceitua no Brasil. Como manter a fama de uma Ilha tomada por violência decorrente de conflitos sociais? Por que o governo do Estado ainda não apresentou um projeto de recuperação do tecido social da cidade? Por que o prefeito Dário Berger, hábil em criticar, ainda não enxergou os graves problemas sociais? Continuo um crítico radical do empresário vantajoso. Mas se manterá impune enquanto a cidade carecer de uma liderança capaz de estabelecer propostas e metas de consenso. Quem não quer a Ilha ajustada aos desafios do futuro? Quem for contra, que busque outro destino.
Não imagino o que passa pela mente de Dário Berger. Deve ser o seu projeto de tornar-se governador! Ele precisa compreender que asfaltar e construir viadutos não irão salvar a cidade. São necessários e urgentes projetos que contemplem os investimentos imprescindíveis à sua sobrevivência social. A concepção de desenvolvimento sustentável dissemina-se em todos os continentes, mas Florianópolis opta pelo caminho mais fácil, o da desordem social e econômica. Precisamos acordar a cidade contra os espertos que só veem a bela e formosa Ilha como fábrica de dinheiro.
(DC, 18,01)
Transatlânticos agitam Porto Belo
Em uma semana, navios quase dobram a população local
Em sete dias, Porto Belo recebe um número de turistas de cruzeiros que quase dobra sua população, de 13 mil habitantes.
De segunda-feira até domingo, cinco grandes navios terão trazido cerca de 11 mil pessoas à cidade.
Dois já atracaram e partiram, segunda e quinta-feira. Mas a prova de fogo virá neste domingo, quando as águas calmas de Porto Belo terão ancorados três navios de cruzeiro.
Em um só dia, 7,8 mil turistas e tripulantes chegarão ao município em cruzeiros. Um recorde, segundo a Secretaria de Turismo. Durante as horas de estada dos passageiros em terra firme, a proposta da cidade é oferecer opções de compras e lazer. Só a associação dos taxistas da região arregimentou uma frota de 175 carros para toda a semana. Dos 1,7 mil passageiros do navio Island Escape, o 16º da temporada, que ancorou quinta-feira perto da Ilha de Porto Belo, a maior parte dos turistas aproveitou o dia de sol e o calor de 34 graus para conhecer Blumenau, Penha, Bombinhas e Balneário Camboriú.
Quem não quis ir longe, por causa do calor, preferiu relaxar nas praias, na ilha e nos bares flutuantes, além de visitar lojas. A estimativa da Santur é que, incluindo os custos de atracação, os gastos de um turista de cruzeiro sejam da ordem de US$ 100 por dia em terra firme.
Para o casal de advogados Rafael Ortiz e Bárbara Ribeiro, que chegaram no Island Escape a Porto Belo, o simples fato de as bebidas e souvenirs do navio serem cobrados em dólar estimula o turista a fazer compras nas paradas.
(DC, 18/01)