Ações para melhorias na Capital foram abordadas em seminário do COMDES.
A atual situação do sistema de saneamento básico em Florianópolis e as próximas ações para melhorias no setor foram apresentadas pela Casan, Comcap e Secretaria de Obras em evento promovido pelo Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (COMDES). O debate, que abordou temas como distribuição de água tratada, afastamento e tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, reciclagem e drenagem pluvial urbana, reuniu especialistas e representantes das concessionárias e do poder público e contou com grande participação da comunidade na última sexta-feira (2).
De acordo com o presidente do COMDES, Doreni Caramori Jr., “com uma visão ampla das deficiências e o conhecendo o planejamento real poderemos cobrar dos responsáveis pelo sistema soluções que realmente atendam a demanda da Capital”, afirma. O Conselho reúne mais de 30 entidades representativas da sociedade civil da região metropolitana.
Segundo o Diretor de Operação e Meio Ambiente da Casan, Valter Gallina, a concessionária deve investir 437 milhões de reais em Florianópolis até 2016. “A previsão é construir um emissário submarino e implantar o sistema terciário de coleta e tratamento no Sul da Ilha, uma adutora de água tratada para atender toda a região da Beira-Mar Norte com vazão de 500 litros por segundo, além de mais obras no Norte da Ilha, Lagoa da Conceição e parte Continental”, disse Gallina. A intenção da Casan é ampliar para 75% a cobertura de esgoto na Capital. Hoje, a cidade tem 54% de índice, mas apenas 91,5 mil ligações de água e 32,4 mil de esgoto.
Já o Diretor Operacional da Comcap, Marius Bagnati, disse que a empresa trabalha para se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que entra em vigor em agosto do próximo ano. “Temos a meta de transformar Florianópolis na Capital Lixo Zero, com coleta containerizada, coleta especial de vidro, mutirões de limpeza em áreas de risco, apoio às cooperativas de catadores, prioridade na educação ambiental, entre outras iniciativas. Algumas destas ações já estão em andamento, explica Bagnati. De acordo com a Comcap, a empresa faz a coleta convencional em toda a cidade, com 174,7 mil toneladas recolhidas por ano, e coleta seletiva porta a porta tem 98% de abrangência, com 11,3 mil toneladas recolhidas por ano.
Em relação à drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, as secretarias de Obras e de Habitação e Saneamento de Florianópolis trabalham juntas para o desenvolvimento do Plano Diretor de Drenagem. “Esta é uma das determinações do Plano Municipal de Saneamento e essencial para os grandes projetos na área”, disse o secretário de Habitação e Saneamento Ambiental, Rafael Hahne. Em paralelo, estão sendo elaborados os projetos de rede de drenagem no Centro, Itacorubi, Papaquara e Rio Tavares. Atualmente, as secretarias trabalham com um plano de drenagem de 1977, auxiliadas por estudos complementares.
O seminário sobre saneamento básico foi coordenado pelo engenheiro sanitarista Paulo Aragão, coordenador da Comissão especifica para saneamento do COMDES. “Este foi o primeiro passo para trazermos a questão de volta a agenda pública. Ainda há muito que fazer, principalmente no que diz respeito à integração dos serviços nas principais cidades da região”, destacou o engenheiro. Segundo Aragão, o Conselho vai reunir todos os dados levantados no seminário e enviar as autoridades municipais.
Sobre o COMDES
O Conselho, formado por mais de 30 entidades representativas da sociedade civil da Grande Florianópolis, atua em questões como mobilidade, transporte, turismo, construção civil, preservação ambiental, saneamento básico, governança metropolitana, entre outras. As entidades integrantes são:
Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC);
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES);
Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH);
Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA);
Associação Catarinense de Engenheiros (ACE);
Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE);
Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu (ACIBIG);
Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF);
Associação Comercial e Industrial de Palhoça (ACIP);
Associação Comercial e Industrial de Santo Amaro da Imperatriz (ACISAI);
Associação Empresarial da Região Metropolitana de São José (AEMFLO – CDL/SJ);
Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEAGRO);
Associação dos Usuários das Rodovias do Estado de Santa Catarina (AURESC);
Câmara de Dirigentes Lojista de Florianópolis (CDL–Florianópolis);
Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU);
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC);
Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC);
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina (Fecomércio);
Florianópolis Covention & Visitors Bureau;
FloripAmanhã;
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – Floripa Interativa (CERTI);
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SC);
Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom);
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC);
Observatório Social de São José;
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis;
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Florianópolis (SESCON);
Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE/SC);
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis (SHRBS);
Sindicato dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (SINDIMÓVEIS);
Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina (SENGE-SC);
Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (SINDUSCON).