A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) vai iniciar uma mobilização contrária à aprovação, pelo Congresso Nacional, de qualquer Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que possibilite a retomada da cobrança da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). No sistema atual, marcado pelo acúmulo e pela sobreposição de impostos, taxas e tributos, o famigerado “imposto do cheque” é verdadeira aberração, uma afronta ao brasileiro.
Para a ACIF, a atual carga tributária já é extremamente elevada e novos impostos irão sufocar a atividade econômica da iniciativa privada, setor responsável pela geração de renda no país. Parcela significativa de recursos que poderiam ser destinados ao consumo ou investidos na ampliação da produção, com geração de novos postos de trabalho e multiplicação da riqueza, são destinados ao pagamento de tributos. E pior: o dinheiro arrecadado é muitas vezes gasto de forma irresponsável e ineficiente. Por isso, é preciso rever a forma como é gasto o dinheiro público e tirar do papel reformas que aumentem a eficiência do Estado: um único sistema de previdência gerido pelo governo, um sistema tributário moderno e racional, e de menor interferência do estado para a criação de um ambiente econômico que permita ao país crescer efetivamente.
A entidade acredita que a solução para a complicada situação da economia brasileira passa pela redução das despesas do estado, mantendo-as dentro da realidade de um país que ainda precisa corrigir muitas desigualdades e melhorar a vida de seus cidadãos.
Diante do exposto, a ACIF repudia toda e qualquer medida que aumente a carga tributária. A entidade encaminhará correspondência aos parlamentares catarinenses pedindo a não aprovação da volta da CPMF e também vai se unir a outras organizações representativas que pretendam empunhar bandeiras semelhantes às suas.
Sander DeMira, presidente da ACIF.