A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) pretende desenvolver projetos de aproximação com entidades associativistas dos Estados Unidos e abrir espaço para empresas locais no mercado daquele país. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), os americanos são os principais compradores de produtos catarinenses. No ano passado, por exemplo, importaram US$ 992 milhões em mercadorias feitas no estado.
O passo inicial da estratégia da Acif foi a criação de uma diretoria de Assuntos Internacionais, ocupada pelo advogado Klaus da Silva Raupp. Ele está nos Estados Unidos e busca aproximar a Associação principalmente das câmaras de comércio bilateral Brasil – Estados Unidos. O objetivo é promover programas conjuntos e criar ferramentas que estimulem e fortaleçam a internacionalização de empresas associadas à ACIF. Até mesmo missões empresariais podem ser realizadas.
A ACIF já mantém contatos com a Brazilian-American Chamber of Commerce of Florida. A intenção é realizar um evento para apresentar aos empresários de Florianópolis detalhes sobre os processos de importação e exportação de produtos via Florida. Também estão em andamento ações de aproximação com entidade representativa do setor produtivo da cidade de Nova York. Segundo Raupp, a ACIF é a pioneira, dentre as associações empresariais do tipo no Brasil, a associar-se a essas Câmaras de Comércio nos EUA.
“Florianópolis tem um potencial enorme a explorar no mercado internacional. Entre os setores que podem ser beneficiados estão, por exemplo, o de tecnologia e o turismo, duas vocações importantes da cidade”, diz o presidente da Acif, Doreni Caramori Jr. Segundo ele a internacionalização também permitirá às empresas ter acesso ao conhecimento de novas práticas de gestão e até de programas de fomento que podem beneficiar empreendedores locais.
“Independentemente do contexto de crise econômica, os Estados Unidos ainda são a maior economia do mundo, e uma terra de oportunidades, além de transitarem pelo país – especialmente por Nova York – a maior parte dos negócios globais; logo, é estratégico para a ACIF ocupar esse espaço, neste bom momento da economia brasileira, e assim estamos fazendo”, acrescenta o Diretor de Assuntos Internacionais da ACIF.