O Brasil é um dos países com mais mulheres empreendedoras do mundo, segundo a pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2017/18. Portanto, a população feminina está cada vez mais se empoderando e busca seu espaço em meio ao mundo dos negócios. As brasileiras se destacam na prestação de serviço e liderando pequenas e médias empresas.
A Rede Mulher Empreendedora fez um levantamento por todo o Brasil em 2018 e traçou um perfil das mulheres empreendedoras. O estudo aponta que elas têm em média 39 anos, curso superior, são casadas e têm filhos. Segundo a RME, a maioria decide empreender depois de se tornarem mães. Sendo assim, razões emocionais acabam impulsionando a decisão de abrir o próprio negócio.
Entre os motivos das mulheres para empreender estão trabalhar com o que gostam, ter maior flexibilidade de horário e conseguir uma renda melhor. Além disso, também buscam inspirar em meio à aventura de abrir o próprio negócio.
Antes de tudo, a expansão das mulheres empreendedoras é importante fator para o empoderamento do gênero. Isso porque proporciona a independência financeira, fortalece a rede de apoio e a causa da mulher como um todo.
O emprededorismo feminino renova o cenário empresarial com características que impactam positivamente no dia a dia dos negócios. Por exemplo, com a equiparação de direitos entre os sexos. Certamente possui também um impacto positivo econômico e social nas comunidades empreendedoras onde estão inseridas.
Entretanto, ainda existem desafios para as mulheres empreenderem. Primeiramente, é preciso vencer uma barreira cultural que não incentiva o sexo feminino a assumir posições de liderança e risco.
Há também uma questão conjuntural. As mulheres sofrem impacto com a dupla jornada. Em razão disso, encontram dificuldade em conciliar a vida profissional e familiar.
Confira alguns dados da pesquisa realizada pela RME com mulheres empreendedoras:
– 3 em cada 10 negócios representam o sustento único da família
– A maior concentração de empreendedoras está no setor de Serviços (69%), seguido de Comércio (25%) e terceiro setor.
– 32% dessas mulheres são MEIs, 23% micro empresárias e 19% ainda está na informalidade
– 46% fatura até R$ 5 mil e apenas 4% tem rendimentos acima de R$ 50 mil
– 60% não tem sócios e 37% empregam apenas mulheres
– 37% iniciaram seu empreendimento sem capital inicial e não procuraram empréstimos bancários
– 86% das empreendedoras não se planejaram antes de iniciar um negócio
Fonte: Rede Mulher Empreendedora
Leia também: Neurocientista lança programa de empreendedorismo para aposentados