A informação de que problemas operacionais foram a causa do lançamento de efluentes no canal próximo à Estação Elevatória de Esgoto da Casan na Lagoa da Conceição expõe a fragilidade do nosso sistema de saneamento básico e faz soar um alerta nas entidades que participam do movimento Floripa Sustentável: não existe fiscalização para este tipo de ocorrência? Quem fiscaliza o funcionamento das Estações da Casan? Os efluentes estão dentro dos padrões legais?
Na prática, o que vemos continuamente é que é preciso a comunidade denunciar para alguma ação ser tomada. Desta vez, foi preciso um vídeo circular pelas redes sociais mostrando água escura e mal-cheirosa saindo de um cano próximo à Estação Elevatória de Esgoto da Casan (EEE BD Saulo Ramos Final) e sendo despejada em um pequeno riozinho que desemboca no Canto da Lagoa. Mas, até quando danos ambientais como esse e tantos outros que já vimos vão continuar acontecendo sem indicação de responsáveis? E o que está sendo feito pela Companhia concessionária de água e saneamento e o município de Florianópolis para evitar novos problemas?
É inaceitável que o poder concedente, Prefeitura Municipal de Florianópolis não exerça a fiscalização que se encontra prevista em Contrato, e não adote a cobrança de responsabilidades da CASAN, a ocorrência apontada na Lagoa da Conceição não é uma exceção, é uma realidade em todo o Sistema operado pela CASAN, falta de investimentos e manutenção ao longo dos últimos anos, é lamentável tal abandono com a Capital de Santa Catarina.
O Movimento Floripa Sustentável acredita que fatos desta natureza não podem ser corriqueiros e “normais”. Por isso vem à público fazer um chamamento para poder público e sociedade se unirem com o propósito de criarem um novo momento no que diz respeito ao monitoramento e fiscalização do saneamento básico em Florianópolis, a fim de que nossas Lagoas, rios e praias não sofram novos danos que podem ser evitados.