Prezado Prefeito Gean,
Considerando as decisões municipais e estaduais para manutenção de fechamento das empresas como medidas de combate à crise.
Considerando a vida em primeiro lugar, no seu aspecto integral, incluindo aí a necessidade de subsistência das pessoas por meio de seus rendimentos.
Respeitosamente vimos propor que as decisões do Prefeito de Florianópolis passem a considerar os impactos sociais que a falta de renda das pessoas terá na saúde, segurança e dignidade dos cidadãos.
Propomos que as entidades representativas das empresas e empregos passem a ser ouvidas antes de que as próximas decisões sejam tomadas, de modo que o convite a integrar o comitê de crise seja efetivo.
Nos comprometemos em apoiar, com equipe e estrutura, o retorno gradual das atividades, chamando os diversos setores ao diálogo, de maneira que possamos definir em conjunto medidas para mitigar riscos e abrir negócios que consigam adotar medidas de afastamento que sigam as orientações sanitárias de combate à COVID-19.
Necessitamos de planos claros, com cenários previsíveis, de prazo além de sete dias, para que tenhamos noção dos impactos reais em nossas vidas. Perguntas como: quantas pessoas serão testadas? Qual o custo? Em quanto tempo? Qual a logística para realizar? Quem será liberado a trabalhar primeiro? Se é pra isolar parcialmente, por que não fazemos isso a partir dos grupos de risco? E o que acontece se não chegarem os testes? E se não forem suficientes? E qual a capacidade do sistema de saúde atual e planejada, considerando o aumento inevitável da contaminação? Quais os cenários em que a Prefeitura considera ampliar o fechamento das empresas e por quanto tempo? Qual o investimento que a PMF fará em novas soluções para que as empresas tenham faturamento sem sair de casa?
Como a Prefeitura vai lidar com o fato de que muitas pessoas, milhares, ficaram sem salário e renda a partir desta semana, pela incapacidade dos pequenos empregadores, em sua maioria, também estarem sem qualquer renda?
Necessitamos, com máxima prioridade, que sejam anunciadas as medidas de apoio financeiro e econômico para que os empregos possam ser mantidos no momento atual e na retomada das atividades, sobrevivendo ao período de isolamento, além daqueles anunciados pelo Governo Federal, uma vez que as medidas estão sendo mais restritivas neste Estado e com total apoio deste município.
E ainda, a sinalização de que a Prefeitura também dará sua contribuição ao reduzir a máquina pública municipal, adequando-se ao novo cenário econômico, para que impostos sejam reduzidos neste período de crise.
Em nenhuma hipótese desconsideramos riscos e nos opomos a contribuir. Diante da incerteza frente ao cenário de riscos reais, certamente o obscurantismo e as decisões radicais devem ser balanceadas com muito critério e racionalidade a fim de se evitar o mal maior, no que permanecemos à disposição de contribuir e cooperar, sempre.
Assinam as entidades:
ABRASEL-SC
ACATE
ACIF
CDL-FLORIANÓPOLIS
VIDAS NÃO TEM PREÇO. Dependem de RENDA para SOBREVIVER. RENDA E EMPREGOS dependem de EMPRESAS, que precisam, COM URGÊNCIA voltar ao TRABALHO, de forma GRADUAL, SEGURA, e RESPONSÁVEL.