Região já ultrapassou 102 mil desempregados na região
O percentual de empresas que demitiram funcionários na Grande Florianópolis atingiu o patamar de 37,9%, de acordo com o último estudo realizado pelo SEBRAE/SC, Fiesc e Fecomércio, em parceria com a ACIF, CDL da Capital, Aemflo (São José) e Abrasel SC. O comércio é o setor mais afetado, respondendo por 45,3%, seguido pelos serviços (35%). A região já contabiliza quase 103 mil desempregados, dos pequenos negócios às grandes empresas.
“O impacto é devastador na vida destes trabalhadores, consequência da falta de planejamento durante o fechamento das empresas e posterior retomada das atividades”, afirma Rodrigo Rossoni, presidente da ACIF. Estima-se que a perda já represente R$ 2,67 bilhões em faturamento, enquanto em toda Santa Catarina este valor é em torno de R$ 16,2 bilhões. “Com todo o esforço da entidade em realizar parcerias e aportar crédito junto ao Badesc, Banco do Empreendedor, Banco da Família, Sicredi e Sicoob, 48,2% dos empresários da Capital e seu entorno procuraram por linhas neste período da pandemia. Porém, apenas um em cada quatro empresários tiveram êxito”, explica. Para 46,5% dos empresários consultados na Grande Florianópolis, as medidas adotadas pelo Governo do Estado e Federal ainda são insuficientes.
De acordo com Rossoni, a falta iálogo com o setor produtivo é um dos principais entraves para a saída da crise, entendendo que o correto seria utilizar dados diários de contágio, incluindo também variáveis que afetam a vida de todos. “O desemprego também é um fator que afeta a saúde das pessoas”, garante, finalizando que “Santa Catarina e Florianópolis são exemplos nacionais, justamente pelo apoio da população. Temos cerca de 85% dos leitos de UTI disponíveis e já passou da hora de achatarmos a curva do desemprego”.