Evento contou com participação de especialistas nos temas
A transformação de Florianópolis em uma cidade inteligente e sustentável – bandeira da ACIF, calcada no apoio à economia criativa – e a concessão do terminal rodoviário Rita Maria à iniciativa privada ditaram os debates durante a reunião da Diretoria Executiva da ACIF, no último dia 22 de outubro. Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação e Fomento da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação da Fecomércio, explicou sobre as tendências mundiais de centralidade e considerou irreversível uma cidade onde os automóveis devem ficar em segundo plano, desde que pensada de modo sustentável.
“Os centros urbanos têm de possuir diferentes centros, onde cada um proporcione bem-estar e um mix no qual as pessoas trabalham, estudam, compram e se divertem”, afirmou, explicando a necessidade de uma mudança de pensamento, já que a mobilidade é um dos principais problemas da capital catarinense. Para Rodrigo Rossoni, presidente da ACIF, a entidade aos poucos propõe ações para evoluir esta ideia. “Prova disso é o nosso fomento à construção de diversas ciclovias, que já estão na pauta do governo estadual e da Prefeitura de Florianópolis”, disse.
Parte desta evolução também entram as concessões à iniciativa privada, como foi o caso do novo aeroporto. Ramiro Zinder, secretário executivo de PPPs da SCPar, resumiu o objetivo do Governo do Estado com o terminal Rita Maria. “Tínhamos um aeroporto que parecia uma rodoviária. Em breve teremos uma rodoviária que parecerá um aeroporto”, garantiu. Segundo ele, o projeto está em fase de modelagem e é apenas um dos muitos pretendidos pelo Executivo. “Temos um longo caminho pela frente, pois queremos entregar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um projeto completo e que tenha o mínimo de observações possível. Após esta fase, teremos uma consulta pública, o lançamento do edital e a contratação da concessionária”, explicou. Segundo Zinder, o terminal é superavitário e pode ser um centro de comércio 24h, além de gerar economia de R$ 4 bilhões/ano ao governo estadual.