Atenção à economia
Na reforma administrativa que encaminhou à Câmara de Vereadores, o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, incluiu a criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Com essa iniciativa, ele cumpre promessa que fez para a Associação Comercial e Industrial (Acif), de criar uma pasta para atender e orientar investidores.
O objetivo, segundo Berger, é incentivar ainda mais o setor empresarial, com atenção especial ao desenvolvimento tecnológico, já que a cidade conta com forte polo na área.
A nova pasta vai incluir o Igeof (Instituto de Oportunidades).
Berger, que anunciou outras secretarias e reforçou a intenção de implantar um governo eletrônico, com menos custos, diz que não escolheu, ainda, os ocupantes das novas pastas.
Mas um dos mais cotados para esta nova pasta é o professor da Esag Carlos Roberto de Rolt.
(DC, Estela Benetti)
SC espera receber 200 mil argentinos
O sotaque e a moda nas praias catarinenses está mudando. Desde os primeiros dias de 2009, cresce o número de turistas argentinos nos balneários do Estado. A Santa Catarina Turismo (Santur) espera receber 200 mil visitantes do país vizinho durante a temporada.
Eles vêm de ônibus, motor-home, carro ou de voo fretado e muitas vezes trazem novidades, como cortes de cabelos inusitados e cores e estampas de biquínis brilhantes.
Em média, os argentinos representam 80% dos turistas estrangeiros que visitam Santa Catarina durante as temporadas de verão. Somente em janeiro do ano passado, 14.758 veranistas argentinos aportaram por aqui. As praias favoritas são Canasvieiras, na Capital, e Balneário Camboriú, no Litoral Norte.
Este ano, ao contrário das previsões pessimistas, os hermanos estão entrando em maior número em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e mais de 24 mil argentinos já cruzaram as fronteiras nos dois estados.
A pequena diferença cambial entre o real e o peso continua impulsionando os vizinhos que optam em curtir parte das férias em Santa Catarina. Um peso argentino, segundo a cotação de ontem, vale R$ 0,66 no comercial e R$ 0,73 no câmbio turismo.
A família dos aposentados Eduardo Maiochi, 69 anos, e Chola Maiochi, 66, resolveu passar 20 dias em Florianópolis. O casal, a filha, Sandra, o genro, Jorge, e o neto, Nacho, saíram da cidade de La Plata logo depois das festas de fim de ano e cruzaram a fronteira com o Brasil no dia 5 de janeiro.
Esta é a terceira vez que eles visitam Florianópolis. A bordo de um motor-home, que estão estreando este ano, eles estão alojados no Camping Costa do Sol, na Praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha. Assim como eles, mais 300 argentinos também estão acampados no local.
Descontraídos e brincalhões, os integrantes da família Maiochi já estão bem populares no local. O patriarca, de tão comunicativo e prestativo, é chamado pelos colegas de camping de “chefe”. O neto, Nacho Zocco, 17, o mais jovem do grupo, compreende e fala português sem dificuldades.
Além de exaltar as beleza naturais do Estado, a família Maiochi comemora os preços praticados em SC.
– A diferença é bem pequena e vale a pena. Para nós, é sempre um grande prazer visitar as praias catarinenses. Os brasileiros são pessoas muito amáveis – destacou Maiochi.
Outra argentina que se diverte na Capital é Victória Vico. Com amigos, brincou em Canasvieiras com bóia.
A chegada dos hermanos nos primeiros dias do ano superou as expectativas da Santur. O presidente do órgão, Valdir Walendowsky, demostra surpresa.
– Antes das chuvas, nossa expectativa era de um crescimento de 10% na movimentação. Depois, esperávamos repetir os números da temporada passada. No entanto, somente entre os dias 2 e 5 de janeiro este crescimento projetado foi alcançado.
O monitoramento da chegada dos argentinos foi realizado pela Santur por dados de companhias aéreas e de ônibus, que apontaram um aumento de 10% no números de visitantes do país vizinho.
(DC, Geral)
Reforma busca reduzir gastos da prefeitura
Prefeito detalha proposta para economizar R$ 700 mil por ano
O prefeito de Florianópolis Dário Berger detalhou, ontem, a proposta de reforma administrativa para o segundo mandato. Se as mudanças forem implementadas em sua plenitude, a prefeitura pretende economizar cerca de R$ 700 mil por ano. O texto foi entregue na semana passada na Câmara de Vereadores para apreciação e deve ser votado em fevereiro.
Um dos itens de destaque da reforma foi a junção da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), da Secretaria Executiva de Serviços Públicos e do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), que serão subordinados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
– Há boatos que eu estou querendo enfraquecer o IPUF, e não é verdade. Só estou fazendo isso para evitar o conflito de pareceres. Eu não estou mais disposto a suportar que o IPUF demore três, quatro meses para dar um parecer de assuntos de interesse da prefeitura – salientou Berger.
Com a reestruturação, os secretários terão mais responsabilidades. Para isso, cada secretaria terá uma assessoria jurídica. Ela será responsável por resolver problemas que, até agora, eram encaminhados à Procuradoria. Caso a questão não seja resolvida na secretaria, será enviada à Secretaria Executiva de Assuntos Jurídicos, subordinada ao gabinete. O objetivo, segundo Berger, é acabar com o corporativismo e a burocracia.
Aumento de 55,8% no número de comissionados
A nova organização prevê diminuição no número de funcionários em algumas secretarias e aumento em outras. A de Planejamento e a de Finanças vão se tornar uma só e, com isso, passam a ter 20 cargos, ante os 35 atuais. O Gabinete passará de 28 para 13 cargos.
O impacto das mudanças será gradativo e deverá reduzir em 3,10% os custos da prefeitura, aumentar em 55,8% o número de cargos comissionados (dos quais 50% serão ocupados por funcionários de carreira), e reduzir em 29,6% as funções gratificadas.
(DC, Política)
Servidores são contra o fundo
Uma das propostas que a prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores vem causando polêmica em Florianópolis.
É o projeto de criação de um fundo de previdência para os servidores municipais da Capital.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) é contra a decisão da prefeitura.
Ontem, após a coletiva em que o prefeito Dário Berger apresentou detalhes da proposta de reforma administrativa, representantes do Sintrasem entregaram um manifesto à imprensa, contrário à criação do fundo.
Entre outras coisas, o texto diz que “a criação do fundo pretende colocar no mercado financeiro bilhões de reais para alimentar a especulação (em especial, o mercado de títulos da Dívida Interna e Externa e a Bolsa de Valores)”.
Hoje, o sindicato fará uma reunião para decidir que medidas tomar diante do projeto de lei.
(DC, Política)