Oficina do Empreendedor – entrevistas confirmadas e/ou agendadas: CBN/TVCOM- Estúdio 36 – Bom dia Santa Catarina
CAFEZINHO
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense)
Empreendedorismo
(Serviço – A Notícia)
Para chegar aos 300 anos, por Laudelino José Sardá*
A cidade, que um dia chamou-se Desterro, carece de convicção para chegar aos 300 anos, em 2026, com qualidade de vida.
Hoje, vivemos uma falsa realidade, um sonho tão distante quanto a teoria de que um campo de golfe pode fazer a ilha agigantar-se. As ações são aleatórias, decorrem de conclusões circunstanciais e, assim, se amontoam os problemas, sem que se pense a cidade como um todo.
Floripa precisa fugir ao padrão brasileiro da desordem urbana e começar a se estruturar em nível de educação, segurança, sistema de transporte e de campanhas destinadas a incentivar a população a viver de forma organizada. Só assim será possível humanizar a cidade, pensar nas pessoas e brecar o ímpeto de políticos que só a querem como fonte de carreirismo.
Não discordo das observações de Fernando Marcondes de Mattos, de que o excesso de lombada denota um atraso no crescimento da cidade. Contudo, os quebra-molas refletem a ausência de critérios de humanização, como faixas e sinaleiras para pedestres, parques e áreas públicas de esporte, sistema de transporte coletivo eficiente. Floripa tem ônibus climatizados para a classe média, enquanto os comuns vivem abarrotados, transportando a massa.
Os governos preocupam-se com a aparência da cidade. A prefeitura pavimenta ruelas, como se o asfalto fosse dar dignidade a milhares de famílias marginalizadas. A cidade precisa de um mutirão da dignidade humana e não pode imitar Salvador, da Bahia, que esconde sua pobreza para o turista não ser admoestado no Pelourinho, onde, paradoxalmente, milhares de escravos foram sacrificados nos séculos 18 e 19. A ilusão nos rouba a esperança de melhorar Floripa nos próximos 17 anos, para chegar com dignidade ao seu terceiro século. (Opinião, DC)