Planos de Schneider na ACIJ
Presidente eleito diz que está preparado para o cargo na entidade e que vai descentralizar as decisões
“Consegui organizar os negócios e me preparar para ficar mais ausente da empresa”, explica o presidente eleito da entidade. Ele não é do tipo que assume uma tarefa sem estar preparado para ela.
Schneider começou a organizar seu projeto já no começo do ano, quando o seu nome foi definido como o cabeça da nova chapa da Acij. Esse foi o tempo necessário para o empresário, que é mestre em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), montar um novo plano de gestão para a entidade.
O princípio que norteia esse plano é a descentralização das decisões. “Toda a entidade é composta por colaboradores e associados. A gente precisa fazer com que eles rendam mais, participem mais. Se você centraliza demais, está jogando fora um grande potencial”, explica.
Para isso, Schneider montou dez comitês de trabalho, que serão liderados cada um por um vice-presidente. “Recomendei a todos os vice-presidentes que participassem ativamente. Aqueles que não tinham como dedicar mais tempo, acabaram colocando o nome à disposição.”
Cada um dos grupos vai discutir questões consideradas estratégicas para garantir competitividade às empresas de Joinville. Para isso, serão chamadas ao trabalho pessoas de “notório saber”. Economistas, juristas, administradores e outros técnicos também serão convidados a compor o Grupo de Avaliação de Assuntos Estratégicos.
Apesar das novidades, Schneider faz questão de destacar o trabalho do antecessor Udo Döhler e da equipe que o acompanhou. “Joinville só tem a agradecer ao trabalho que a Acij desempenhou nestes últimos dois anos”, disse.
Capital com energia melhor
Com investimento de R$ 72 milhões, a Celesc dá andamento às obras de linhas de transmissão e da Subestação Florianópolis Agronômica, que devem ficar prontas no final de novembro. Com a subestação, a Celesc fecha o setor elétrico em anel, com duas vias de abastecimento na Ilha de SC, garantindo 100% de confiabilidade ao sistema.
De acordo com o diretor técnico da Celesc, Eduardo Sitonio, a nosubestação elimina a possibilidade de apagão, como o que deixou a parte insular da Capital sem energia elétrica por 55 horas, em 2003. As duas vias são através da ligação com a subestação Ilha Centro, abastecida pelos cabos debaixo da ponte, e através da subestação Trindade, abastecida pelos cabos submarinos, da Eletrosul, ligada à Subestação Desterro, no Campeche.
– Se ocorrer problema na ponte, o abastecimento chega ao Centro via Trindade. Além da vantagem de poder remanejar a carga para a Agronômica, a nova subestação também vai desafogar a subestação Ilha Centro em 40%.
O principal diferencial da obra é que a subestação vai ocupar uma parte física bastante menor do que as subestações normais, onde são necessárias áreas de até 10 mil metros quadrados. Na Agronômica, é de apenas 3 mil metros, sendo que a área construída é de apenas 800 metros quadrados, ou dois andares de 400 metros quadrados.
– Isso só será possível graças à tecnologia de um gás isolante que vamos usar entre as fases. Normalmente, como são eletrificadas por 138 mil volts, seria necessária uma distância de três metros entre cada uma das fases. Com a aplicação deste gás isolante, esta distância pôde ser reduzida para 12 centímetros – conta.
A previsão para a primeira manutenção na Subestação Agronômica é dentro de 25 anos. Outra vantagem, conforme o engenheiro, é que não serão necessários funcionários para operar o local, o que reduz as despesas com pessoal.
Equipamento está sendo construído na Alemanha
O equipamento está sendo construído na Alemanha, para onde foram enviados engenheiros da Celesc. Pronto, deve embarcar em agosto num navio em direção ao Brasil, para ser montado sobre a obra civil no Bairro Agronômica, muito próximo da residência oficial do governador.
– Em novembro, teremos tudo montado e testado para entrar em operações no final do mês ou, no máximo, na primeira quinzena de dezembro. O equipamento chega de contêiner e é colocado sobre as bases que estarão prontas – diz.
Conforme Sitonio, os transformadores são de baixo ruído e as paredes da obra, assim como os muros, terão tratamento acústico. Ele garante que a vizinhança não ouvirá nenhum barulho da nova subestação. A obra física da Subestação Agronômica deve consumir R$ 26 milhões e as linhas de transmissão entre as subestações Trindade e Ilha Centro até a Agronômica, mais R$ 46 milhões.
(Cidade – Diário Catarinense)
Nova presidência na Acij
A discussão de reformas estruturais, o foco na melhoria da infraestrutura e a ampliação da base de associados são alguns dos objetivos que vão nortear a missão do empresário Carlos Rodolfo Schneider, 57 anos, aclamado ontem como o novo presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij).
O vice-presidente do grupo H, Carlos Schneider – que engloba as empresas Ciser, Hacasa Administração e Empreendimentos Imobiliários e Intercargo Transportes – assume o posto depois de dois mandatos consecutivos de Udo Döhler.
Schneider quase não chegou a tempo para a própria posse. Depois de proferir uma palestra na Capital paulista, o empresário voou para Joinville. Chegou pouco depois das 19h, quando a leitura da lista de conselheiros e a prestação de contas da gestão anterior já havia sido encerrada. Ainda assim, foi recebido com uma salva de palmas pelos colegas que estavam na Sala Nobre.
Aumentar o número de associados é prioridade
A criação de uma Diretoria de Relacionamento com Associados, ocupada por Christian Dihlmann, é uma das inovações da diretoria que vai acompanhar Schneider em seu mandato. O objetivo é o crescimento de novos associados. Hoje, a Acij tem 1,4 mil associados.
Para Schneider, uma associação precisa de uma base consistente e participativa para melhorar a grade de serviços.
Dihlmann diz que há pelos menos 18 mil empresas na região que não estão ligadas a nenhuma entidade. O objetivo é captar estas empresas para a Acij.
Entre as discussões de temas nacionais, a reforma fiscal, previdenciária e política estão entre os temas de prioridade do novo presidente da Acij.
– As reformas que estão no Congresso são muito acanhadas para o que precisamos – classificou.
(Economia – Diário Catarinense – 09/6/2009 )