Dois mil em ação, por Doreni Caramori Junior*
Certa vez, perguntado sobre as proezas científicas que realizou, Isaac Newton disse a célebre frase se pude enxergar mais longe do que outros, foi porque estava sobre o ombro de gigantes. Fazia alusão a cientistas como Galileu Galilei e Johannes Kepler, que o precederam. Essa história comprova como o gênio humano é capaz, a partir do compartilhamento de experiências e conhecimentos, de vencer os mais variados e desafiadores obstáculos. Também está relacionada a um princípio do associativismo que deve ser destacado: o de fazer parte de um grupo e sentir, por meio de resultados, o poder descomunal que essa união de forças gera. O case da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) se torna, então, exemplar. No momento em que comemoramos a marca de 2 mil associados, nos damos conta de que estamos envolvidos em uma entidade que cresce rapidamente e caminha para se tornar uma das mais importantes lideranças empresariais de SC. O quadro de associados tem apresentado uma evolução muito rápida: éramos 1,6 mil há pouco menos de dois anos e, com certeza, seremos mais de 3 mil nos próximos anos.
Esses números revelam os esforços da diretoria e dos colaboradores. Mas merecem destaque também porque mostram a preocupação dos empresários de Florianópolis em crescer e estar unidos. Afinal, todos os associados o fazem voluntariamente, contribuindo por conta própria para o seu fortalecimento e também da associação. Esse é um momento de glória para todos aqueles que, há 94 anos, plantam a semente do associativismo e que colhem, além dos benefícios concretos, um bem maior: o sentimento de realização por fazer parte, sentimento este baseado em uma maior confiança e esperança do associado em relação ao futuro.
* Presidente da Acif
(Artigos – Diário Catarinense)
Carga tributária e conjuntura
A Associação dos Jovens Empreendedores de Tubarão (Ajet) encontrou uma forma original de protestar contra a pesada carga tributária imposta ao país. No último final de semana, os integrantes da entidade percorreram as ruas centrais da cidade, distribuindo panfletos demonstrativos do emaranhado cipoal de impostos e taxas que sufocam os contribuintes, pessoas físicas e jurídicas, e convidando os circunstantes a participarem de um abaixo-assinado. Um caixão funerário foco de atração da curiosidade popular servia de improvisada mesa para a coleta das assinaturas em um documento que pede aos legisladores a feitura de uma lei que revele ao público o percentual dos impostos nos preços dos produtos. No momento em que o consumidor comum for permanente e claramente informado a este respeito, a canga da tributação certamente será aliviada. O protesto dos jovens empresários de Tubarão ocorreu na véspera do anúncio de que a carga tributária imposta à cidadania produtiva alcançou, no mês passado, 35,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
O peso dos tributos sobre a economia brasileira vem aumentado sem dar folga a partir de 2003. O aumento acumulado durante o atual governo federal já chegou a 3,8% sobre o PIB. Citado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor do Banco Central, economista Alexandre Schwarstman, hoje na iniciativa privada, estima em cerca de R$ 140 bilhões o crescimento do PIB no ano passado, enquanto a arrecadação de impostos e outros tributos subiu R$ 80 bilhões. “Isso significa que 57,1% do PIB foram comidos pela arrecadação”, diz o especialista. Mesmo em 2007, no ano em que o governo perdeu a receita da malfadada Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aberração que ficou conhecida como “imposto do cheque”, extinta pelo Congresso em um raro momento de lucidez, a carga tributária cresceu 1,1 ponto percentual. No ano passado, pouco antes de a crise econômica global atingir o país, com dureza, e não como uma “marolinha”, o governo insaciável aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Sobre o Lucro Líquido de 9% para 15%.
A carga tributária se mantém em patamar “suíço”, mas em função das dificuldades da economia golpeada pela crise, a arrecadação está em queda – de janeiro a maio, ela encolheu 6,8%, em valores reais, em relação a igual período do ano passado. E o governo não se preparou para isso. Ao contrário, na moldura da crise, aumentou muito seus gastos permanentes, bastando lembrar que as despesas com funcionalismo, também, e apenas nos cinco primeiros meses deste ano cresceram R$ 60,8 bilhões, 23% a mais do que no mesmo período de 2008. O protesto dos empreendedores de Tubarão, neste quadro de sufoco e de incertezas, ao usar uma urna funerária, não deixa de ter um toque de profecia.
(Visor – Diário Catarinense)
FEIRA
Associação Empresarial da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Associação Catarinense de Imprensa (ACI) e prefeitura de São José lançam a Expoinco – Feira da Indústria, Comércio e Turismo 2009, hoje, às 19h, na Casa do Jornalista da Capital.
(Coluna Cacau Menezes – Diário Catarinense)
Feira em São José
Marcado para esta quarta-feira, às 19h, na Casa do Jornalista, o lançamento da Expoinco — Feira da Indústria, Comércio e Turismo de São José, que acontecerá no período de 24 a 27 de setembro na Arena Multiuso. O prefeito Djlama Berger, o presidente da Aemflo, Tito Schmitz, e empresários da microrregião estarão presentes. O música Zequinha abrilhantará o lançamento.
(Blog Moacir Pereira – Diário.com)
Comércio de SC prevê reação
Expectativa de movimento melhor no 2º semestre
Depois de enfrentar um dos seus piores primeiros semestres da história, com uma queda de 5,5%, o varejo catarinense começa a esboçar uma reação. Em junho, as vendas igualaram-se ao mesmo período do ano passado e a estimativa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL) é de fechar o ano com um incremento de 2%.
Apesar do pequeno percentual – no ano passado o crescimento foi de 7% – os empresários estão otimistas. Isso porque, até junho, o segmento vinha amargando quedas de 6,5% mensalmente.
– Estamos confiantes porque o mês de junho já mostrou uma reação e dentro do quadro de retração que vinha se desenhando desde janeiro, esses 2% são muito bem vindos – analisa o presidente da FCDL, Sergio Medeiros.
– Naturalmente o segundo semestre já é bom. Estamos apostando nossas fichas no Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal, que envolve todos os segmentos – afirma o presidente da CDL, Osmar Silveira.
No país, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) elevou a intenção de compra do consumidor de produtos dos setores de construção civil, automóveis e também da linha branca, segundo uma pesquisa feita pela Fundação Instituto de Administração (FIA).
(Economia – Diário Catarinense)
O transporte sobreposto na Capital
Não é por ter sido resolvido o impasse trabalhista que o transporte coletivo deixa de ser uma tremenda preocupação em Florianópolis. Tivemos três paralisações em dois meses, com data marcada no ano passado. E mais: dois aumentos das tarifas neste ano e subsídios ao sistema sem nenhuma contrapartida de melhoria dos deteriorados serviços públicos. Existem linhas de ônibus vazias e, por outro lado, linhas superlotadas. Falta equilíbrio aí.
De acordo com o secretário de Transportes e Terminais da Capital, vice-prefeito João Batista Nunes (PR), a ideia é fazer o cálculo da tarifa por produtividade, não por quilometragem.
– Há horários que precisarão de mais ônibus, outros, de menos. Hoje temos caso de sobreposição: passam três linhas em um horário em que poderia passar uma – admite.
A atual concessão estaria engessando algumas das ações da secretaria. Por isso, uma nova grade de horários e linhas dos ônibus deve ficar finalizada a médio prazo. Pode até acompanhar a nova licitação do transporte coletivo da Capital.
De acordo com João Batista, a tabela do custo tarifário e o plano diretor são as coisas mais difíceis de entender, hoje, na Capital.
(Coluna Cacau Menezes – Diário Catarinense)