Nos últimos cinco anos a cerveja artesanal invadiu os bares, mercados e as redações – entrou na pauta de todos os veículos de comunicação de Santa Catarina. A matéria de Rony Ramos para a Rádio ALESC (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) nasceu a partir de leis sobre o setor, mas evoluiu e revelou aspectos do empreendedorismo e da paixão de jovens catarinenses pela produção da bebida e sua relação com o turismo. Com 15 anos e profissão, passagens pela FIESC e pelo Diário Catarinense, Ramos está desde 2012 na ALESC, onde hoje responde pelas redes sociais. Foi o vencedor da categoria Radiojornalismo do 9º Prêmio ACIF de Jornalismo.
O assunto não é exatamente novo – e o que lhe chamou a atenção na pauta?
A pauta da cerveja artesanal surgiu com a aprovação da lei sobre a rota turística do setor e questões tributárias. Tentamos mostrar como as leis influenciam diretamente na vida das pessoas e nos diversos setores da sociedade. O que mais me impressionou foi o espírito empreendedor de tantos jovens que se apaixonam pelos sabores, estudam e passam a produzir sua cerveja para ganhar dinheiro. Quase 100% dos cervejeiros começaram produzindo sua cerveja em casa ou apreciando a dos amigos.
Qual foi a sensação sobre as expectativas deste mercado? Veio para ficar, ou é uma febre, como já foram as temakerias, hamburguerias e paletas mexicanas?
A cerveja artesanal tem um público bem específico, entre 25 e 50 anos, disposto a pagar mais por sabor e qualidade. Há uma grande tendência de aumento de consumo, além de cursos, rotas turísticas e a venda de insumos. A cerveja artesanal veio para ficar: nos supermercados e nos bares há dezenas de rótulos catarinenses.