Empreender sempre foi uma maratona. Desafios, obstáculos, imprevistos e altos e baixos sempre fizeram parte do dia-a-dia do empresário e empreendedor brasileiro.
Mas com a pandemia da COVID-19, esses obstáculos cresceram em tamanho e em número e a cada dia que passa descobrimos que é preciso buscar novas estratégias e soluções para superá-los.
Sem dúvida, foi nos primeiros meses de pandemia que as empresas sentiram o maior impacto.
Mesmo para quem estava acompanhando as notícias com atenção e calculando os próximos passos, as consequências da doença para a saúde pública e para a economia pegaram todo mundo de surpresa.
Segundo pesquisa da ACIF sobre os Impactos da Crise do Coronavírus, o que os catarinenses mais sentiram, nas primeiras semanas de pandemia, como impacto nos seus negócios foram a queda das vendas e a falta de capital de giro.
Das empresas, 57% responderam que as baixas vendas eram a maior dificuldade para eles. Na segunda semana, 63,6% e na terceira semana esse número subiu para 70,2%.
Já capital de giro era o maior problema para 13,5% das empresas na primeira semana, 13,2% na segunda semana e 19,8% na terceira semana.
No Brasil, foram 5,3 milhões de pequenas empresas que mudaram seu funcionamento e 10,1 milhões que interromperam as atividades temporariamente, segundo levantamento do Sebrae.
Em contrapartida, um estudo da consultoria EY Parthenon, de julho de 2020, levantou que 55% dos brasileiros afirmam ter confiança no futuro.
Já é possível enxergar luz quando se fala na retomada pós-pandemia. E a perspectiva otimista, em tempos desafiadores, é o primeiro passo para as tomadas de decisão mais importantes.
Novos comportamentos
E se a crise do coronavírus trouxe novos medos e perspectivas, ela trouxe também novos comportamentos. Com as quarentenas, restrições e consequente fechamento temporário de lojas, as pessoas passaram a comprar menos.
Comprando menos, elas adquiriram novos hábitos. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria – CNI, 3 em cada 4 consumidores pretendem manter essa redução no consumo pós-pandemia.
Portanto, cabe às empresas analisar o cenário como oportunidade de melhor se organizar, de avaliar os gargalos e encontrar novas soluções.
Sempre mantendo-se informado sobre as notícias e respeitando, é claro, as orientações de autoridades de saúde do estado e município.
Hora de planejar e organizar a casa
Já faz alguns meses que a retomada econômica vem acontecendo. Alguns segmentos já conseguiram iniciar esse processo e adotar novos meios de lidar com o seu cliente através de compra e atendimento online, entregas por delivery ou com a adequação ao trabalho remoto com seus colaboradores.
Para os economistas Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e atual economista-chefe do Banco Safra e Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, serão as inovações tecnológicas já disponíveis que irão transformar as empresas e o setor público.
Como resposta ao isolamento social, temos visto uma grande expansão dos serviços com o uso da tecnologia a nosso favor, seja no ensino a distância, na medicina remota ou mesmo em segmentos que antes nunca haviam experimentado o delivery ou o home office e descobriram nestas modalidades uma mudança possível e vantajosa.
Mas se uma parcela da população sentiu que é possível adequar-se aos novos modelos de atuação: mais virtual, mais online e mais tecnológica, outra ainda sente a falta da inclusão digital no país.
Por isso, estar atento a essa fração da sociedade é fundamental para nos adaptarmos ao novo normal.
Apesar da cultura digital estar se intensificando no país, estima-se que 26% da população brasileira continua desconectada, segundo pesquisa TIC Domicílios e que 4,8 milhões de jovens, entre 9 e 17 anos, ainda não tem acesso a internet em casa, segundo levantamento pela FGV Social.
Entender essa realidade faz parte de entender melhor as mudanças do mercado, as reais necessidades das pessoas, os impactos da transformação digital e as oportunidades que surgem como resposta aos recentes dilemas dessa parte da população que ainda se vê perdida.
Aproveite o momento de desaceleração para investigar e analisar esse mercado, encontrar as brechas que existem entre os nichos do seu negócio e as soluções que sua empresa pode entregar, que ainda não surgiram ou que não se consolidaram no mercado.
Oportunize o momento para reinventar seu formato de trabalho, avaliar os gastos e reduzir custos e estudar os diferentes perfis de consumo e comportamento.
Planejamento a curto, médio e longo prazo
Mas como serão os próximos anos? O pós-crise será o momento de redefinir a forma como trabalhamos e descobrir novos modelos de negócio.
Para Fernando Honorato, o economista-chefe do Bradesco, já são visíveis as transformações nos modelos de negócios.
O crescimento do comércio eletrônico, as mudanças no olhar sobre a mobilidade urbana e a reestruturação do desenho espacial das cidades entre ambientes residenciais e corporativos são exemplos disso.
Dos brasileiros, 64% afirmam que suas necessidades mudaram devido a pandemia, segundo o estudo da EY Parthenon.
Seus valores e a maneira de olhar para a vida alteraram e hoje a família, a saúde física e mental e as finanças pessoais são suas maiores preocupações.
Entendendo essas prioridades, começamos a observar a importância da união e do associativismo. E de desenvolver projetos e planos estratégicos pontuais, como o Pacto Floripa, uma iniciativa da ACIF (Associação Empresarial de Florianópolis), em conjunto com outras 32 entidades, para retomar a economia de forma assertiva e segura.
Por meio do Plano de Retomada do Desenvolvimento Econômico para Florianópolis, o Pacto traz o resultado de 5 meses de estudo e desenvolvimento com foco nas áreas de tecnologia, saúde e bem viver, educação e turismo e contou com a contribuição de voluntários das áreas pública e privada.
O projeto traz uma série de conceitos, práticas, metodologias e ferramentas de governança para construção das soluções.
E ainda uma análise sobre os impactos na sociedade, alinhando o plano às pautas do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015 composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
Para Rodrigo Rossoni, presidente da ACIF, o Pacto Floripa é um trabalho de grande importância para a sociedade catarinense, considerando a necessidade clara de se criar perspectivas de futuro para o setor produtivo e pretende evoluir a cidade de forma a transformar Florianópolis em referência.
Busque suporte de profissionais
E se este é um exemplo de planejamento estratégico macro, para a retomada de uma cidade, vemos como é possível implementar planos e projetos parecidos dentro de uma empresa.
Para isso, busque profissionais especializados na sua área. As consultorias podem ser o que você precisa para abrir a mente sobre os novos mercados que estão surgindo e a lidar melhor com os desafios orçamentários.
Busque a orientação mais adequada ao seu nicho através da internet. Com o amplo espaço digital que temos à disposição, hoje entramos materiais, aulas e mesmo consultorias gratuitas, como a Consultoria CAASE – Como Anda A Sua Empresa, uma ação conjunta entre a ACIF e o Sebrae/SC, por meio do Pacto Floripa.
Se a sua empresa atua nas áreas de saúde e bem viver, turismo, tecnologia e educação, a Consultoria CAASE pode te auxiliar na retomada econômica do seu negócio.
O CAASE realiza um diagnóstico empresarial gratuito, dividido em 3 etapas: Diagnóstico, Plano de ação e Agentes Locais de Inovação.
A solução visa a aplicação das iniciativas que foram traçadas pelo Pacto Floripa, com o objetivo de auxiliar o empresário na retomada pós-crise. Para participar, basta acessar este link e se cadastrar.
Núcleos Empresariais: o associativismo na prática
Quando uma crise se instala, o mercado todo sente. E é sempre mais difícil lidar com os desafios estando sozinho. Superar as barreiras do mundo do empreendedorismo é mais produtivo e proveitoso quando temos apoio, suporte e, principalmente, troca.
Por essa razão, pensar soluções em conjunto é uma das maneiras de encarar a bronca. Seja através de parcerias diretas com empresas de outros segmentos ou com a participação de núcleos setoriais de empresas.
A ACIF traz na bagagem mais de 100 anos de associativismo. São 105 anos de protagonismo em ações de representação e defesa do setor produtivo de Florianópolis.
Esse apoio se dá através de representatividade e muita luta junto ao poder público, organização de eventos de fomento aos comércios locais, como os recentes Festivais Viva a Lagoa e Natal do Norte da Ilha, a Corrida Chão da Cidade, entre outros.
E também através dos Núcleos Empresariais ACIF, que hoje já somam 37, dos tipos setoriais, multissetoriais, temático e comitê aberto.
Fazer parte de um núcleo empresarial muito além do networking e da troca de ideias. Estar em um Núcleo é unir forças. Nada mais forte que grupos de empresários unindo-se com mesmos objetivos.
Com pauta conjunta, os Núcleos são promotores de mudança e trabalham voltados ao constante desenvolvimento das suas empresas e busca por conhecimento. É o associativismo na prática.
A solução de Núcleos Empresariais ACIF está vinculada ao programa Empreender, que visa o fortalecimento de micro e pequenas empresas, um programa que se consolida no Brasil desde a década de 90.
Com a ACIF, sua empresa conta com uma equipe de 10 colaboradores, consultores e uma diretora voluntária que coordena o conselho dos núcleos.
Cada núcleo possui suporte e apoio para tudo, desde a construção de um planejamento estratégico e definição de metas até a conquista dos objetivos e execução de ações.
Para criar um núcleo, é preciso um grupo formado por 10 empresas. Com o apoio técnico das consultoras, são definidos objetivo, planejamento, coordenação e regimento.
Estando em um Núcleo, sua empresa pode participar da organização de ações e eventos em conjunto, conseguir menores custos com compras coletivas, garantir maior representatividade no seu segmento e participar e organizar cursos e palestras.
Para fazer parte de um núcleo ou indicar a criação de um novo, acesse a página da www.acif.org.br/nucleos e faça contato com uma das consultoras.