Conhecida mundialmente por favorecer o espírito empreendedor, a cidade de Florianópolis é um dos principais pólos de inovação do Brasil. Também chamada de “Ilha do Silício”, a capital catarinense reúne atualmente boa parte das empresas de tecnologia do país.
Por conta da sua vocação empreendedora e tecnológica, o Vale do Silício brasileiro costuma atrair profissionais, negócios, eventos, investimentos, entre outras iniciativas que contribuem para consolidar a cidade como um ambiente favorável à criatividade, inovação e tecnologia.
Para empreendedores que desejam aproveitar as oportunidades deste mercado de inovação em Florianópolis, vale entender um pouco mais todos os aspectos deste cenário, e também quais são os principais desafios.
Cenário da inovação em Florianópolis
De acordo com o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), divulgado pela Endeavor Brasil, Florianópolis é a segunda melhor cidade para se empreender no país, ficando atrás apenas de São Paulo. Mas, conforme estudo feito pela mesma instituição, a capital catarinense começou a receber os primeiros investimentos no setor de tecnologia ainda na década de 80.
Em pouco tempo, a inovação em Florianópolis se tornou referência nacional e internacional, despertando o interesse de grandes empresas e startups, e hoje além de ser o principal polo de desenvolvimento tecnológico do Brasil, também é um ambiente propício para capacitação de profissionais por conta dos investimentos em ensino e pesquisa das universidades e institutos.
Ao todo são cerca de 4 mil empresas na cidade, entre elas, desenvolvedores de software, sistemas de gestão como ERPs, CRMs e frente de caixa, sistemas para gestão da saúde, da educação, tecnologias educacionais, fintechs, games, sistemas para gestão de energia, sistemas para controle e gestão em indústrias, além de fabricantes de hardwares.
Tudo isto faz com que o mercado de inovação impulsione a participação da tecnologia no PIB estadual de Santa Catarina, que hoje é superior à média brasileira. Além disso, segundo dados da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), o estado também é responsável por 7% do faturamento total do setor de tecnologia nacional.
Desafios do mercado de inovação
Mesmo com vários aspectos favoráveis, o mercado de tecnologia em Florianópolis também possui alguns desafios como a necessidade de organizar uma rede de ajuda com ações que tornem o processo inovativo mais sistemático e rápido, como os habitats de inovação que permitem as conexões necessárias para que empreendedores desenvolvam seus negócios.
Outro ponto de atenção é a escassez de mão de obra qualificada no setor de tecnologia, um problema que não se restringe ao mercado brasileiro, e que acirra ainda mais a corrida por profissionais, transformando-a numa disputa mundial. De acordo com levantamento divulgado pela Exame, Santa Catarina deve abrir mais de 16 mil vagas até 2023.
Como se não bastasse a falta de profissionais, o mercado também está sentindo um déficit de investidores anjo que estejam dispostos a apoiar o desenvolvimento de projetos. Mais do que recursos financeiros, vale ressaltar que um investidor anjo é fundamental para startups e empresas tecnológicas porque eles também agregam experiência e ampliam o networking.
Por fim, ainda temos as questões burocráticas que dificultam a vida de novos empreendedores, como obtenção de alvará e execução de contratos, que segundo relatório do Banco Mundial jogam um balde de água fria na idealização de Florianópolis como “Ilha do Silício”, e chegam a classificá-la como um ambiente hostil para o empreendedorismo conforme seus critérios.
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Por que contar com a ACIF?
Pensando neste cenário de oportunidades e desafios apresentado pelo mercado de inovação em Florianópolis, é fundamental que empresários entendam a importância de se associarem à Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF), que além de representar o interesse de mais de 4 mil associados em busca de medidas políticas e econômicas que favoreçam o empreendedorismo, ainda tem iniciativas voltadas à inovação como o Programa API Inovar ACIF.