A Reforma Tributária traz consigo uma nova tributação 2026, o que marca o início da maior mudança no sistema de impostos sobre consumo já vista no Brasil.
A partir do próximo ano, empresas de todos os portes — MEI, ME, EPP e grandes negócios — começarão a operar com o modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em formato dual, com a criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Essa transição não é apenas técnica: ela redefine processos, sistemas e principalmente o nível de atenção que cada empresário precisa ter sobre sua própria operação.
E nesse cenário de transformação profunda, contar com a representatividade de associações empresariais é o que separa empresas preparadas de empresas vulneráveis.
A ACIF – Associação Empresarial de Florianópolis, há mais de 100 anos defendendo o empreendedor, atua diariamente dialogando e cobrando o poder público para reduzir a burocracia, simplificar tributos e garantir segurança jurídica.
É exatamente por isso que, diante da Reforma Tributária, estar aliado a quem te representa faz diferença prática no seu caixa, na sua gestão e no seu futuro.
Para auxiliar os empresários nessa jornada, preparamos um artigo completo, claro e atualizado sobre esse tema. Continue lendo para tirar todas as suas dúvidas e saber exatamente como se preparar para 2026 com segurança e estratégia.
O que você vai conferir neste conteúdo
- O que muda com a nova tributação sobre consumo em 2026
- Como funcionam a CBS e o IBS, os novos tributos que compõem o IVA dual
- Impactos reais na operação, no fluxo de caixa e nos processos internos
- Orientações práticas para se preparar: do diagnóstico tributário à atualização de sistemas
- Principais dúvidas sobre a nova tributação
- Por que contar com a ACIF como representante empresarial, defendendo desburocratização e apoio durante a transição
O que é a Reforma e por que o modelo muda em 2026
A Reforma Tributária foi aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentada pela Lei Complementar 214/2025, reorganizando completamente a tributação sobre consumo.
Hoje o empresário lida com PIS, Cofins, ICMS e ISS — cada um com regras diferentes, legislações próprias e um risco enorme de interpretação e litígio. A partir de 2026, tudo isso começa a ser substituído por um sistema unificado e mais transparente.
Esses são os pilares da mudança:
- Fim da fragmentação entre estados e municípios.
- Redução de cumulatividade: o imposto não será cobrado em cascata.
- Cobrança no destino (onde ocorre o consumo).
- Crédito amplo na cadeia: modelos parecidos com os usados em países da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Na prática, a intenção é de ter mais clareza para cumprir obrigações tributárias. Mas a simplicidade prometida não elimina a complexidade da transição.
Por isso, 2026 será um ano-teste: as empresas deverão emitir notas fiscais já com os novos tributos (0,9% de CBS e 0,1% de IBS), mas sem recolhimento efetivo. Os valores serão apenas declaratórios.
O que muda, de fato, para as empresas com a Reforma Tributária
A mudança não é apenas tributária: ela é operacional, tecnológica e financeira. Empresas precisarão revisar cadastros, sistemas internos e a forma de trabalhar. É uma virada estrutural.
Primeiro, porque entra em operação uma plataforma nacional inédita, que integra informações fiscais e será a base para o futuro sistema de split payment, uma espécie de “Pix dos tributos”, em que o imposto automaticamente é enviado ao governo no ato do pagamento.
Com isso, algumas medidas podem ser tomadas para adequar-se:
- Seu ERP, emissor de NF-e e NFS-e deve ser atualizado.
- Seu time fiscal e financeiro precisa entender os novos campos obrigatórios.
- Classificações de produtos e serviços precisam ser revisadas. Os erros serão muito mais visíveis.
O impacto financeiro virá em 2027 com o fim do Pis e da Cofins e início da CBS e se intensificará entre 2029 e 2032, quando ICMS e ISS começam a desaparecer e entra o IBS, cuja alíquota terá aumento gradual no período
A estimativa atual é que a alíquota-padrão do IVA fique entre 26,5 e 28,5%, podendo ser menor até 2030, conforme indica o Ministério da Fazenda.
Essa alíquota convive com faixas reduzidas e isenções. Por exemplo:
- Alíquota reduzida (60% de desconto): saúde, educação, parte dos medicamentos, produtos culturais, esportivos e insumos agropecuários.
- Alíquota zero: itens da Cesta Básica Nacional (incluindo carnes).
- Isenções específicas: medicamentos graves, alguns produtos menstruais, fórmulas nutricionais e itens essenciais definidos em legislação futura.
Se você é MEI ou se enquadra como nanoempreendedor (nova categoria para faturamento até R$ 40,5 mil/ano), permanecerá isento de CBS e IBS, desde que não exceda o limite e não opte por regime diferente.
Como se preparar para a Reforma Tributária em 2026
A regra é clara: 2025 é o ano de estruturar, 2026 é o ano de testar, e 2027 é o ano em que o impacto chega ao caixa. Para não errar nesse caminho, sua empresa precisa agir agora em cinco frentes:
1. Diagnóstico tributário
- Mapeie todos os tributos atuais aplicados ao seu negócio.
- Avalie benefícios estaduais ou municipais que podem deixar de existir.
- Simule cenários de alíquotas com CBS + IBS.
2. Revisão de sistemas
- Verifique se o ERP já está preparado para os novos campos fiscais.
- Adapte cadastros de produtos, NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul das suas notas fiscais, códigos de serviço e regras fiscais.
- Adapte seus sistemas para o modelo futuro de pagamento automático de tributos
3. Governança e compliance
- Monte um comitê com fiscal, contabilidade, jurídico, financeiro, comercial e TI.
- Padronize processos internos para evitar divergências de classificação.
- Reavalie contratos de longo prazo com cláusulas tributárias.
4. Olho no caixa
- Monte provisões para possíveis ajustes durante o ano-teste.
- Recalibre sua política de preços pensando em 2027 em diante.
- Simule impacto de créditos e estornos no fluxo de caixa.
5. Treinamento contínuo
- Prepare equipes para interpretar corretamente a legislação, você não terá mais prazos para pagar os tributos
- Participe de eventos, workshops e encontros especializados.
- Atualize processos conforme novos regulamentos forem publicados.
Essa preparação não é opcional, é parte do novo jogo. Mas você não precisa jogar sozinho.
ACIF: representatividade que protege e impulsiona o empreendedor
A ACIF não apenas acompanha o tema, ela atua diretamente como ponte entre o setor produtivo e o poder público, garantindo que o micro, pequeno e médio empreendedor não seja deixado para trás enquanto as regras são desenhadas.
Como a ACIF te protege e te fortalece nessa mudança:
- Participa de conselhos, fóruns e reuniões estratégicas defendendo desburocratização, simplificação e segurança jurídica.
- Enfrenta temas estruturantes de competitividade — incluindo carga tributária, guerra fiscal e ambiente de negócios.
- Pressiona por estabilidade e clareza nas regras, evitando interpretações que prejudiquem empresas locais.
Núcleos setoriais: inteligência coletiva a favor do empresário
Diante da Reforma Tributária e das mudanças que começam a valer em 2026, a primeira orientação prática para qualquer empresário conversar com seu contador.
A interpretação correta das novas regras, a revisão das notas fiscais e a análise do impacto no caixa começam com avaliação técnica de quem vive a legislação diariamente.
E, se você ainda não tem um contador de confiança, ou busca profissionais preparados para orientar sua empresa nessa transição, a ACIF oferece uma solução imediata: o Núcleo de Contadores da ACIF, um espaço formado por especialistas atualizados, atuantes e próximos da realidade das empresas de Florianópolis. É uma porta de entrada segura para encontrar profissionais qualificados e alinhados às melhores práticas fiscais e tributárias.
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Conclusão
A implementação do IVA dual transforma a maneira de tributar, emitir notas fiscais, planejar preços e organizar a rotina fiscal das empresas. É uma mudança estrutural, que exige atenção, preparo e acompanhamento contínuo.
Em um momento em que decisões tributárias impactam diretamente competitividade e fluxo de caixa, fazer parte da rede ACIF significa ter representatividade ativa, inteligência coletiva e suporte real para atravessar essa transição com segurança.





